Governo moçambicano aprova Plano de Recuperação e Crescimento Económico avaliado em 2,75 mil milhões USD

O Governo moçambicano aprovou esta semana o Plano de Recuperação e Crescimento Económico (PRECE), avaliado em 2,75 mil milhões de dólares, com o objectivo de impulsionar a retoma e estimular sectores produtivos. O pacote inclui 800 milhões de dólares de apoio directo à economia, através de fundos e linhas de financiamento destinadas a pequenas e…
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O pacote inclui 800 milhões de dólares de apoio directo à economia, através de fundos e linhas de financiamento destinadas a pequenas e médias empresas, iniciativas locais e criação de emprego.
Economia

O Governo moçambicano aprovou esta semana o Plano de Recuperação e Crescimento Económico (PRECE), avaliado em 2,75 mil milhões de dólares, com o objectivo de impulsionar a retoma e estimular sectores produtivos.

O pacote inclui 800 milhões de dólares de apoio directo à economia, através de fundos e linhas de financiamento destinadas a pequenas e médias empresas, iniciativas locais e criação de emprego.

A sessão ordinária do Conselho de Ministros foi marcada pela aprovação de decisões com impacto directo na economia como resposta às mudanças climáticas, na segurança rodoviária e no sector da defesa. Trata-se de um pacote abrangente que procura responder, simultaneamente, a desafios conjunturais e estruturais que o país enfrenta.

O destaque é sobre o Plano de Recuperação e Crescimento Económico (PRECE), um instrumento concebido para curto e médio prazos, destinado a enfrentar a actual conjuntura de estagnação e a impulsionar sectores produtivos.

Segundo o porta-voz do Governo, Inocêncio Impissa, o PRECE deverá actuar como catalisador da retoma pós-crises recentes, desde a pandemia até ao impacto dos choques externos, como a guerra na Ucrânia e a volatilidade dos preços internacionais.

O pacote, de acordo com uma nota publicada no website do Governo de Moçambique, prevê ainda medidas para reforçar a resiliência das famílias e das comunidades locais, promovendo uma economia mais diversificada e menos dependente de factores externos.

Na mesma sessão, o Executivo aprovou a Estratégia Nacional de Financiamento Climático 2025-2034, que procura responder ao estatuto de Moçambique como um dos dez países mais vulneráveis do mundo a desastres naturais.

“A estratégia projecta necessidades na ordem de 37,2 mil milhões de dólares até 2030, que deverão ser mobilizados junto de parceiros internacionais e do sector privado, mas também através da criação de mecanismos internos de sustentabilidade”, lê-se na nota.

Entre os objectivos está o fortalecimento da capacidade institucional, a definição de um modelo claro de governação inclusiva e o desenvolvimento de mecanismos de troca de dívida por acção climática.

Pretende-se ainda garantir transparência na aplicação dos recursos, privilegiando mulheres, jovens e comunidades vulneráveis, enquanto se fomenta a economia de baixo carbono e o acesso aos mercados do carbono.

Medidas severas e urgentes para reduzir sinistralidade rodoviária

Ainda no decurso da 32ª sessão do Conselho de Ministros, o governo aprovou medidas de cumprimento imediato para reduzir a sinistralidade rodoviária que continua a ceifar vidas humanas nas estradas moçambicanas.

Segundo o porta-voz do Governo, as medidas incluem soluções tecnológicas para o controlo de acidentes de viação, interdição das 21h00 às 5h00 da circulação nocturna de veículos de transporte internacional e interprovincial de passageiros.

“Vamos intensificar esta acção de interdição; intensificação da fiscalização da lotação de veículos de transporte público de passageiros interdistrital, interprovincial e internacional, com o desembarque obrigatório de passageiros em excesso de lotação”, disse.

Acresce o estabelecimento de pontos de descanso obrigatório para condutores a cada 300 quilómetros de percurso, ou após quatro horas de condução, com uma pausa mínima de 30 minutos, cumprimento obrigatório da substituição ou revezamento de condutores de longo curso.

O governo, de acordo com Impissa, também vai introduzir o cumprimento obrigatório do uso de tacógrafo em veículos de transporte público de passageiros e de carga. Outras medidas incluem acções de sensibilização e educação rodoviária de forma contínua.

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