Governo são-tomense nega nova concessão do porto contestada pelos trabalhadores

O Governo são-tomense garantiu, há dias, em comunicado, que o Porto de São Tomé permanecerá na esfera jurídica do Estado, com assistência de peritos internacionais, negando a privatização ou concessão à francesa África Global Logistic, contestada pelos trabalhadores. O gabinete do ministro das Infra-estruturas, Adelino Cardoso, assegura que o contrato com a empresa África Global…
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Governo são-tomense garante que o Porto de São Tomé permanecerá na esfera jurídica do Estado, com assistência de peritos internacionais, negando a privatização ou concessão à África Global Logistic.
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O Governo são-tomense garantiu, há dias, em comunicado, que o Porto de São Tomé permanecerá na esfera jurídica do Estado, com assistência de peritos internacionais, negando a privatização ou concessão à francesa África Global Logistic, contestada pelos trabalhadores.

O gabinete do ministro das Infra-estruturas, Adelino Cardoso, assegura que o contrato com a empresa África Global Logistic (AGL) “não se trata de modo algum de uma privatização ou de concessão”, mas sim de um “acordo de gestão operacional”.

O Ministério das Infra-estruturas sublinha que “o Porto permanecerá sempre na esfera jurídica do Estado são-tomense” e “será gerido por uma direcção nacional e controlado pelo Estado”, mas contará com a “assistência técnica e operacional de uma equipa de peritos internacionais competentes e experientes em matéria de gestão portuária”.

No comunicado lê-se ainda que o acordo de gestão operacional foi assinado com a África Global Logistic, filial da Mediterranean Shipping Company (MSC), “líder mundial no transporte de contentores e logística” em busca de “soluções para os problemas que de forma gritante e galopante afligem” as populações e “impactam negativamente na economia do país”.

O Ministério refere que as empresas públicas são-tomenses “encontram-se em manifesta situação de falência técnica e financeira, com dívidas avultadas aos fornecedores e incumprimento de obrigações fiscais, bem como incapacidade de adquirir equipamentos e bens e serviços para garantir as suas operações”.

No caso em particular da Enaport, avança a Lusa, o Ministério das Infra-estruturas sublinha que a empresa “apresenta uma dívida global superior a 55 milhões de dobras” o equivalente a mais de dois milhões de euros.

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