O Governo da Guiné-Bissau assinou nesta Terça-feira com o Imamat Ismaili um acordo de cooperação para desenvolver relações bilaterais e projectos para melhorar as áreas da Saúde, Educação e Agricultura.
“Contamos que a saúde, a educação e a agricultura possam vir a beneficiar da experiência e do que já fizeram noutros países”, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, no final da cerimónia de assinatura do protocolo, que decorreu em Lisboa, na sede mundial do Imamat Ismaili.
Para Carlos Pinto Pereira, o acordo assinado foi rubricado “com uma entidade séria, capaz de realizar os projectos com que se compromete” e por isso a Guiné-Bissau espera “vir a beneficiar da experiência e do que já fizeram noutros países”, como Moçambique, Timor-Leste e São Tomé e Príncipe, países que já beneficiam da cooperação para o desenvolvimento por parte desta entidade.
O Imamat Ismaili, diz a Lusa, é uma entidade supranacional que representa a sucessão dos Imams desde a época do Profeta Maomé, e tem acordo com vários países, entre os quais Portugal, onde está instalada a sede mundial.
“Se é verdade que os países precisam de grandes projectos de infraestruturas, não é menos verdade que este tipo de intervenções, que procuram problemas reais que as populações enfrentam, são as áreas que nos interessam, e o que esperamos desta cooperação é que as instituições da Guiné-Bissau possam beneficiar de algum apoio da Imamat Ismaili para o reforço da sua capacidade de intervenção nas áreas que lhe estão adstritas”, acrescentou o chefe da diplomacia guineense.
O protocolo assinado formaliza uma estrutura para consultas sobre assuntos de interesse mútuo, reforçando o reconhecimento legal do Imamat Ismaili e a sua capacidade de envolvimento em assuntos internacionais, lê-se num comunicado desta entidade, que dá ainda conta de que “o acordo visa ainda o desenvolvimento das relações bilaterais e a colaboração em áreas como a diplomacia, desenvolvimento social, crescimento económico e intercâmbio cultural”.