Foi nas matas das Colinas de Boé, a 24 de Setembro de 1973 que o Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo-Verde (PAIGC) proclamou a independência do país dos colonialistas portugueses, de forma unilateral, com o reconhecimento, na altura, de cerca de 80 países.
Entretanto, a independência da Guiné-Bissau proclamada pelo partido fundado e liderado por Amílcar Cabral, até Janeiro de 1973, altura da sua morte, veio a ser reconhecida por Portugal, cerca de sete meses depois, concretamente a 25 de Abril de 1974.
A efeméride está a ser marcada por uma sessão especial organizada pela Assembleia Nacional Popular (ANP) do país, por via da reprodução da Constituição da primeira legislatura durante três dias, em Lugadjól, nas colinas de Bóe.
O momento conta com uma agenda carregada de encontros, reflexões em torno do “Dia do Constituinte e a Proclamação do Estado da Guiné-Bissau”. Participam da jornada comemorativa deputados da Nação, da IX legislatura, antigos combatentes da liberdade da Pátria, ex-Presidentes da ANP e convidados internacionais.
O acto de abertura da sessão prevê a reprodução de um vídeo com uma mensagem gravada pelo Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, que ainda se encontra nos Estados Unidos da América, onde deslocou-se para participar na 78.ª Assembleia-Geral das Nações Unidas.
Para saudar a data, o Movimento para Alternância Democrática-G15 (MADEM-G15) está a cumprir também um programa paralelo que reserva a deposição de coroa de flores – no memorial Amílcar Cabral -, na cidade de Bissau, bem como a organização do debate sobre os pensamentos de Amílcar Cabral.
O marco de meio século está a ser vivido, um pouco pelos quatro cantos do mundo, por guineenses e cabo-verdianos que solenizam o “24 de Setembro” com reflexão e festividade.