O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaloó, recebeu esta manhã, no Palácio da República, o seu homólogo do Burundi, Évariste Ndayishimiye, com honras militares, marcando o início oficial da Visita de Estado à Guiné-Bissau.
A cerimónia contou com a execução dos hinos nacionais, salva de 21 tiros e a tradicional revista às tropas. Seguiu-se a assinatura do Livro de Honra e a entrega simbólica das chaves da cidade de Bissau pelo presidente da Câmara Municipal de Bissau, Lobato Medida.
Durante o encontro, foram assinados três instrumentos jurídicos de cooperação, reforçando os laços diplomáticos, económicos, académicos, culturais e desportivos entre os dois países.
Umaro Sissoco Embaló condecorou Évariste Ndayishimye, com a Medalha Amílcar Cabral, a mais alta distinção honorífica do Estado guineense, nos termos do Decreto Presidencial Nº 35/2025.
A cerimónia solene, reservada aos actos de Estado, enalteceu os relevantes esforços de Évariste Ndayishimye no fortalecimento das relações entre a Guiné-Bissau e o Burundi, bem como as suas excepcionais qualidades de estadista.
A atribuição desta distinção decorre no âmbito da visita de Estado que o chefe de Estado burundês realiza à Guiné-Bissau, a convite do Presidente Umaro Sissoco Embaló, e simboliza a vontade comum de aprofundar os laços de amizade, fraternidade e cooperação entre os dois países.
O Presidente do Burundi teve oportunidade de visitar a fábrica de farinha de trigo MC Group, na zona Industrial de Blola.
Para finalizar os trabalhos do dia, realizou-se um encontro na Universidade Amílcar Cabral, com a intervenção do seu reitor, seguido pelo Presidente Umaro Embaló.
Por sua vez, Évariste Ndayishimye apelou para que os estudantes trabalhem afincadamente na transformação dos recursos naturais abundantes nos dois países africanos.
“Não queiram viver a vida dos outros, quando temos os nossos recursos por desenvolver, só temos de trabalhar”, acrescentou, sublinhando que trabalhar apenas oito horas por dia é pouco para os dois Estados se tornarem ricos.
“Temos de investir mais, temos chuva, minas, agricultura, temos de trabalhar, não se pode dizer que há fome onde há recursos por explorar”, advertiu.
O Presidente do Burundi termina a visita de Estado na manhã do dia 17 de Setembro, regressando ao seu país.