A Guiné-Bissau e mais três países africanos [Gâmbia, Mauritânia e Senegal], comprometeram-se esta semana a cooperar na gestão sustentável das suas águas subterrâneas, destacando a vontade de as tornarem numa “fundação para a estabilidade regional”.
Os ministros responsáveis pela água de Guiné-Bissau, Gâmbia, Mauritânia e Senegal acordaram, em Genebra, estabelecer um “quadro jurídico e institucional de cooperação transfronteiriça para a gestão sustentável” do aquífero senegalo-mauritano, uma reserva de águas subterrâneas da qual dependem 80% dos seus habitantes.
A informação, noticiada pela agência France-Presse (AFP) e retomada pela Lusa, cita uma declaração da Comissão Económica das Nações Unidas para a Europa.
Numa declaração conjunta publicada no final de uma mesa-redonda iniciada na Terça-feira, 28, os quatro Estados decidiram lançar um processo de negociação para definir o quadro jurídico e institucional, tendo em conta os [quadros] já existentes da Organização para o Desenvolvimento do Rio Senegal e da Organização para o Desenvolvimento do Rio Gâmbia.
De acordo com a mesma fonte, os governantes comprometeram-se a “fazer avançar as reformas, leis e regulamentos nacionais do sector da água e a reforçar a sua implementação” a nível nacional.
O aquífero senegalo-mauritano estende-se por cerca de 1.300 quilómetros desde o sudeste da Mauritânia até ao sudeste da Guiné-Bissau, atravessando Gâmbia e Senegal. Com uma área de 331.450 quilómetros quadrados, este aquífero comporta uma população estimada de mais de 15 milhões de habitantes.





