Guiné Equatorial adere à AFC para acelerar diversificação económica e grandes projectos de infra-estruturas

A Corporação Financeira Africana (AFC, na sigla em inglês) anunciou a adesão da Guiné Equatorial à instituição, uma decisão que permitirá ao país aceder a condições preferenciais de financiamento, apoio técnico e estruturação de grandes projectos de infra-estruturas no continente africano. Segundo a AFC, esta adesão abre caminho para que o Governo equato-guineense alavanque a…
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Num momento de transformação estrutural, a Guiné Equatorial passa a integrar a Corporação Financeira Africana (AFC), apostando no financiamento e na capacitação técnica para acelerar projectos estratégicos.
Economia

A Corporação Financeira Africana (AFC, na sigla em inglês) anunciou a adesão da Guiné Equatorial à instituição, uma decisão que permitirá ao país aceder a condições preferenciais de financiamento, apoio técnico e estruturação de grandes projectos de infra-estruturas no continente africano.

Segundo a AFC, esta adesão abre caminho para que o Governo equato-guineense alavanque a perícia técnica, a capacidade de desenvolvimento de projectos e a solidez financeira da organização, com vista à aceleração de investimentos de elevado impacto económico e social.

A instituição compromete-se a trabalhar em estreita articulação com os sectores público e privado para desbloquear oportunidades em áreas estratégicas, como energias renováveis, logística, corredores de transporte e melhoria da gestão dos recursos naturais.

No comunicado citado pela Lusa, a AFC – promotora de algumas das mais relevantes iniciativas de infra-estruturas em África, incluindo o Corredor do Lobito – sublinha que a decisão ocorre num momento de transformação estrutural da economia da Guiné Equatorial, país membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que procura reduzir a sua dependência histórica dos hidrocarbonetos.

“A Guiné Equatorial, uma das nações mais ricas em recursos naturais de África, definiu uma visão nacional de longo prazo centrada na industrialização, na diversificação económica e na expansão de infra-estruturas de transporte, logística, energia e digitais de classe mundial”, refere a AFC.

Esta visão está enquadrada na estratégia Horizonte 2035, que prioriza investimentos capazes de acelerar a agregação de valor, reforçar a integração regional, desenvolver o capital humano e aumentar a resiliência face à volatilidade dos mercados globais.

A entrada da Guiné Equatorial na AFC reforça, igualmente, a crescente presença dos países lusófonos africanos na instituição. Angola tornou-se accionista soberano da AFC em Junho, passando a ser o segundo país da CPLP, a seguir a Cabo Verde, a integrar o capital da entidade.

Este movimento foi consolidado no início do ano com um investimento de capital de 25 milhões de dólares do Fundo Soberano de Angola, numa operação que, segundo a Lusa, reflecte “uma estratégia nacional coesa para impulsionar a agenda de desenvolvimento industrial e de infra-estruturas de Angola através de uma colaboração estreita com a AFC”.

O investimento foi oficialmente anunciado recentemente e sinaliza uma aposta clara na cooperação financeira africana como instrumento de transformação económica sustentável.

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