O realizador guineense, Sana Na N´Hada, estreou nesta Quinta-feira, 06, no Cineclub Mancara, no Palácio da Cultura Ildo Lobo, na capital cabo-verdiana, Praia, a longa-metragem “Nome”.
O filme homenageia o povo guineense com uma história passada durante a guerra pela independência, no mesmo dia em que é apresentado em Portugal, com reposição nesta Sexta-feira, 07.
A narração está centrada em Nome, um jovem que abandona a sua aldeia para se juntar à luta pela libertação. A história passa-se em 1969, durante o conflito guerra colonial ou guerra de libertação, consoante quem a designa entre o exército português e as forças do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC).
“As pessoas fugiram das aldeias, juntavam-se nas matas e sofriam juntas. Aí desenvolveu-se esta língua comum, o crioulo, a qual permitiu tornar os guineenses homónimos, mesmo sendo um povo tão heterogéneo, conta o realizador Sana Na N´Hada, citado pela Lusa.
N´Hada foi o primeiro realizador guineense formado em cinema, em Cuba, no início da década de 1970, por indicação do “pai” da luta de libertação, Amílcar Cabral, e esteve entre os que filmaram as frentes de combate.
O filme, que relata a história de Nome desde que se junta aos guerrilheiros, regressando, anos mais tarde, como herói, é marcado por um misto de celebração e desilusão, levantando questões sobre o impacto da independência no país e nos seus habitantes.