“Há caminho para diminuir o subsídio aos combustíveis em Angola sem aumentar o preço”, diz FMI

O representante do FMI em Angola, Victor Lledo, defendeu ser possível diminuir os subsídios aos combustíveis no país sem necessariamente aumentar o preço dos mesmos. Victor Lledo, que falava durante a sua participação na primeira edição do “Briefing Económico de 2024” do Standard Bank, explicou que uma boa solução “é o aumento da capacidade de…
ebenhack/AP
Economistas convergem na ideia de avançar já com retirada da subvenção do preço dos combustíveis em Angola, mas apontam para formas diferentes de o fazer.
Economia

O representante do FMI em Angola, Victor Lledo, defendeu ser possível diminuir os subsídios aos combustíveis no país sem necessariamente aumentar o preço dos mesmos.

Victor Lledo, que falava durante a sua participação na primeira edição do “Briefing Económico de 2024” do Standard Bank, explicou que uma boa solução “é o aumento da capacidade de refinação, além de haver a perspectiva mais virada a competitividade, por meio da diminuição do lucro na distribuição”. O representante do FMI em Angola reconheceu, no entanto, que as duas perspectivas, “são caminhos que exigem criatividade”.

Por sua vez, o economista chefe do Standard Bank, Fáusio Mussa, advogou que Angola deve se esforçar para fazer reforma do preço dos combustíveis, “porque quanto mais tempo passa, mais difícil fica”.

Apesar de reconhecer que a retirada da subvenção vai provavelmente levar a subida do preço dos combustíveis e consequente aperto na vida dos cidadãos, o economista lembrou que existe um outro lado da moeda, no qual, quem não precisa, também beneficia da subvenção.

“Não é por exemplo justo que estrangeiros beneficiem do subsídio. Ainda mais num país onde há tanta pobreza como Angola. Podia ser usado para dar algum tipo de ajuda aos mais desfavorecidos”, disse Fáusio Mussa.

Já a finalizar a sua apresentação, o economista recordou que o preço do combustível em Angola é 30% do preço do combustível no mundo.

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