O governador da ilha de Hainão, no sul da China, Liu Xiaoming, manifestou a intenção de reforçar a presença dos produtos dos países de língua portuguesa no vasto mercado chinês, propondo uma maior articulação entre Hainão, Macau e o espaço lusófono.
Durante uma visita às instalações do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa — o Fórum de Macau — Liu sublinhou que a meta é transformar Hainão num entreposto estratégico de entrada dos produtos lusófonos no interior da China, potenciando o papel da ilha no novo ciclo de abertura económica do país.
O líder chinês destacou a necessidade de um “desenvolvimento sinérgico entre Hainão, Macau e os países de língua portuguesa”, lembrando que a ilha se prepara para tornar-se porto franco até ao final deste ano.
A partir de 18 de Dezembro, os produtos importados que sejam processados em Hainão, com valor acrescentado de pelo menos 30%, poderão entrar na China continental isentos de taxas alfandegárias, o que abre novas oportunidades de exportação para os países lusófonos, especialmente em sectores como a agro-indústria, o vinho e os bens de consumo.
Na véspera, Liu Xiaoming reunira-se com o chefe do Executivo de Macau, Sam Hou Fai, o primeiro líder da região semiautónoma chinesa fluente em português, reforçando a dimensão simbólica e prática desta parceria sino-lusófona.
Segundo o Fórum de Macau, o governador de Hainão solicitou apoio à instituição para aprofundar o conhecimento das empresas chinesas sobre os mercados e ambientes de investimento das nações de língua portuguesa, com o objectivo de fomentar uma cooperação económica mais equilibrada e sustentável.
*Com Lusa
