O índice PMI de actividade empresarial em Moçambique subiu em Fevereiro, pela primeira vez em cinco meses, e registou a maior subida desde Julho de 2023, segundo um estudo do Standard Bank.
“O aumento seguiu-se ao pior desempenho do setor dos últimos dois anos em Janeiro, apoiado por um novo período de expansão em diversas áreas, incluindo actividade, vendas, aquisições e contratação de pessoal”, lê-se no estudo, que também reconhece que as condições das empresas “fortaleceram-se pela primeira vez desde Setembro do ano passado”.
“Os volumes crescentes de novos negócios resultaram, assim, num certo grau de pressão sobre a capacidade, uma vez que as encomendas em atraso aumentaram pela primeira vez num ano. Entretanto, maiores esforços de contratação contribuíram para o aumento dos custos dos meios de produção, à medida que as empresas indicaram que se viram obrigadas a aumentar os salários do pessoal”, refere ainda.
O índice PMI caiu em Novembro último, pela primeira vez desde janeiro de 2023, para 49,6 valores, com a procura e a actividade económica então a abrandar, continuando em queda até Janeiro deste ano. Em Fevereiro subiu para terreno positivo, para 50,7. “O indicador registou uma ligeira melhoria na saúde da economia do setor privado”, acrescenta o estudo.
Diz igualmente que as empresas moçambicanas “assinalaram, sobretudo, um novo crescimento da actividade e de novas encomendas em Fevereiro, terminando sequências de declínio de três e dois meses, respectivamente”.
Além disso, as taxas de crescimento “foram as mais fortes desde Julho do ano passado, num contexto de maior número de clientes, maior procura, mais aquisições de meios de produção e produtividade mais elevada” e “as expansões estenderam-se a praticamente todos os sectores, sendo que apenas a construção registou contrações na produção e nas vendas”.
“Com a recuperação do crescimento da procura, as empresas realizaram encomendas de maior volume para meios de produção em meados do primeiro trimestre. Isto assinalou o primeiro aumento das aquisições em seis meses e o mais acentuado num ano e meio, apesar de, em termos gerais, ter sido moderado. Contudo, as empresas assistiram a um declínio ligeiro dos seus inventários, prolongando a atual tendência de esgotamento para cinco meses”, reconhece ainda o estudo do Standard Bank a que a Lusa teve acesso.