Inflação em Angola continua com tendência decrescente

O Índice de Preço do Consumidor Nacional (IPCN) em Angola fixou-se, em Setembro último, nos 18,16%, registando um decréscimo de 8,41 pontos percentuais (pp) em relação ao observado em igual período do ano anterior, confirmando a tendência decrescente prevista pelo governo angolano. Os indicadores do Instituto Nacional de Estatística (INE) de Angola, consultados pela FORBES…
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Relatório do INE avança que o Índice de Preço do Consumidor Nacional registou, em Setembro, uma desaceleração de 1,62 pontos percentuais, quando comparado com o mês anterior.
Economia

O Índice de Preço do Consumidor Nacional (IPCN) em Angola fixou-se, em Setembro último, nos 18,16%, registando um decréscimo de 8,41 pontos percentuais (pp) em relação ao observado em igual período do ano anterior, confirmando a tendência decrescente prevista pelo governo angolano.

Os indicadores do Instituto Nacional de Estatística (INE) de Angola, consultados pela FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, indicam que em termos de comparação da variação com a do mês [Agosto], regista-se uma desaceleração de 1,62 p.p.

No período em referência, a classe “alimentação e bebidas não alcoólicas” foi a que mais contribuiu para o aumento do nível geral de preços, com 0,35 pp, seguida pelos “bens e serviços diversos” e “educação” (0,8 pp cada uma), “vestuário e calçado” (0,06 pp), “saúde” e “mobiliário, equipamento doméstico e manutenção” (0,05 pp cada uma). O INE acrescenta que as restantes classes contribuíram com valores inferiores a 0,05 pp.

De Agosto a Setembro deste ano, o IPCN registou uma variação de 0,79%. Comparando as variações mensais (Agosto e Setembro), regista-se uma aceleração de 0,03 pp, ao passo que, em termos homólogos (Setembro 2021 a Setembro 2022), regista-se uma desaceleração na variação actual de 1,39 pp.

Moxico com 0,62%, Lunda Sul (0,67%) e Bié (0,68%) são as provinciais que apresentaram menor variação nos preços, ao passo que as regiões com maior variação são o Zaire, com 1,02%, Cuanza Sul (0,97%) e Cuanza Norte (0,92%).

O maior aumento de preços foi registado na classe “educação”, com uma variação de 3,15%, além da “vestuário e calçado” (1,77%), “saúde” (1,54%) e “bebidas alcoólicas e tabaco” (1.19%).

Recordar que, durante a 107ª Reunião do Comité de Política Monetária do banco central do país, que decorreu a 26 de Setembro último, o governador do Banco Nacional de Angola, José Massano, considerou que desde Janeiro até Setembro foi registado um “ritmo bastante acelerado” de queda da taxa da inflação, prevendo que até Dezembro de 2022, a mesma seja inferior ao 18%.

“Nós deveremos terminar o ano, seguramente, com uma taxa de inflação abaixo de 18%”, assegurou o ‘homem forte’ do órgão que regula o mercado bancário angolano.

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