Inflação em Angola desacelera em Novembro, mas níveis regionais mostram fortes assimetrias

O Índice de Preços no Consumidor (IPCN) de Angola registou, em Novembro de 2025, uma variação homóloga de 16,56%, traduzindo uma desaceleração de 0,87 ponto percentual (p.p) face ao mês anterior e de 11,85 p.p em comparação com igual período do ano passado. De acordo com uma nota do Instituto Nacional de Estatística (INE) consultada…
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A inflação homóloga caiu para 16,56%, revelando alívio no ritmo de subida dos preços, embora sectores como transportes mantenham pressão elevada. Entretanto, os dados do INE mostram que o impacto varia intensamente de província para província.
Economia

O Índice de Preços no Consumidor (IPCN) de Angola registou, em Novembro de 2025, uma variação homóloga de 16,56%, traduzindo uma desaceleração de 0,87 ponto percentual (p.p) face ao mês anterior e de 11,85 p.p em comparação com igual período do ano passado.

De acordo com uma nota do Instituto Nacional de Estatística (INE) consultada pela FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, a classe “transportes” liderou as subidas, com uma variação homóloga de 19,80%. Seguiram-se “saúde” (18,97%), “bens e serviços diversos” (17,83%) e “habitação, água, electricidade e combustíveis” (17,23%), todas acima da média nacional.

No contributo para o aumento do nível geral de preços em Novembro, a categoria “alimentação e bebidas não alcoólicas” destacou-se de forma expressiva, com 10,20 pp, reflectindo o seu peso predominante no cabaz das famílias. Também contribuíram “bens e serviços diversos” (1,26 p.p.), “transporte” (0,99 p.p.) e “saúde” (0,80 p.p.), enquanto as restantes classes apresentaram contributos inferiores a 0,80 ponto percentual.

A variação de preços voltou a evidenciar disparidades regionais. As províncias com menor inflação foram Luanda (14,62%), Huambo (14,68%) e Cuando Cubango (15,27%). Em sentido inverso, Cabinda registou a maior variação a nível nacional (27,29%), seguida da Luanda Sul (19,39%) e Huíla (18,96%), demonstrando que as pressões inflacionárias continuam a afectar o país de forma assimétrica.

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