Inspecções e queixas devolveram 18,7 milhões de euros aos clientes dos bancos moçambicanos

As acções sancionatórias do Banco de Moçambique, incluindo inspeções aos bancos e tratamento de queixas, permitiram devolver 1,4 mil milhões de meticais (18,7 milhões de euros) aos clientes em 2024, mais 71,7%. De acordo com o relatório anual da instituição, o número de reclamações contra a banca moçambicana “continuou com tendência crescente” no ano passado,…
ebenhack/AP
De acordo com o relatório anual da instituição, o número de reclamações contra a banca moçambicana “continuou com tendência crescente” no ano passado, chegando a 1.809, mais 62% do que em 2023.
Economia Negócios

As acções sancionatórias do Banco de Moçambique, incluindo inspeções aos bancos e tratamento de queixas, permitiram devolver 1,4 mil milhões de meticais (18,7 milhões de euros) aos clientes em 2024, mais 71,7%.

De acordo com o relatório anual da instituição, o número de reclamações contra a banca moçambicana “continuou com tendência crescente” no ano passado, chegando a 1.809, mais 62% do que em 2023.

“Este crescimento pode estar associado ao facto de existir maior consciência financeira dos direitos e obrigações no seio dos consumidores, e à execução contínua do programa de educação financeira do Banco de Moçambique”, lê-se no documento.

O relatório acrescenta que as “ações de educação financeira” promovidas pelo banco central “abrangeram cerca de 13,6 mil pessoas” em 2024, sobretudo em “matérias relativas a crédito responsável, orçamento, poupança, direitos e deveres do consumidor financeiro, segurança e prevenção de fraudes”.

Estas acções, aponta o documento, levaram a que o crédito deixasse, em 2024, de ser o “produto mais reclamado” em Moçambique pelos clientes bancários, ultrapassado pelas operações com caixas ATM, cujas reclamações passaram de 230 para 860 num ano.

A “açcão inspectiva” do Banco de Moçambique e o “tratamento de reclamações”, diz a Lusa, resultou, em 2024, segundo a instituição, “na devolução aos consumidores financeiras de cerca de 1.400 milhões de meticais”, montante que resulta de “cobranças indevidas aos agentes económicos contratantes de [terminais] POS e de comissões e encargos”, correspondendo, respectivamente, a 51% e 21% do total.

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