Um volume de negócios na ordem de 66 mil milhões de dólares poderá ser gerado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), de Angola, nos próximos cinco anos, indica a instituição.
Uma nota enviada à FORBES ÁFRICA LUSÓFONA refere que esta previsão é feita com base em várias acções em curso, como são os casos do processo de extensão das licenças de produção já assinadas entre a ANPG e os players que operam nos Blocos 15, 17, 18 e 0, bem como com as actividades ligadas à exploração e ao desenvolvimento de projectos petrolíferos, assim como as actividades operacionais e administrativas.
O Director do Gabinete de Planeamento Estratégico da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis, Alcides Andrade, afirmou durante uma apresentação feita no VII Conselho Consultivo do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás (MIREMPET), realizado na semana passasa em Benguela, entre os dias 2 e 3 de Junho, na província de Benguela, disse que “Angola é vista pelos operadores internacionais como um mercado competitivo no sector petrolífero”.
Comparativamente aos últimos cinco anos, o aumento no volume de negócios, de acordo com a agência, representará cerca de 40%.
O responsável disse que as licitações recentemente efectuadas, quer por concurso público quer em regime de negociação directa, provam uma ampla participação de interessados, apesar de reconhecer a existência de pontos que devem ser melhorados, acrescentando que “estamos focados em fazê-lo para sermos tão bons como os melhores”.
Alcides Andrade informou que a ANPG está a realizar um estudo de competitividade com outros países, para identificar indicadores competitivos a melhorar, incluindo aspectos como a melhor adequação da carga fiscal, o encurtamento dos prazos que medeiam entre o início do processo de licitação, a adjudicação e a assinatura do contrato de concessão, que é actualmente de um ano em média. “Estes são aspectos que temos de melhorar para que Angola possa ocupar os lugares cimeiros da competitividade no sector globalmente”, precisou.
Um dos aspectos a ser considerado no referido estudo, frisou, é o modelo dos contratos petrolíferos usados em Angola, com vista a identificar medidas que mitiguem a oscilação dos preços no mercado internacional e que aumentem os incentivos para que os investidores tenham Angola como local de escolha em detrimento de outros mercados.
O Sétimo Conselho Consultivo teve como propósito fazer o balanço e analisar as actividades realizadas nos últimos cinco anos e perspectivar acções futuras em alinhamento com os objectivos estabelecidos no Plano de Desenvolvimento Nacional 2018-2022 para o Sector dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás.
Manuel Camalata