Isabel dos Santos garante não ter beneficiado de empréstimos da Unitel

A empresária angolana Isabel dos Santos garantiu esta semana que não foi a única assinar os empréstimos da operadora de telecomunicações Unitel à Unitel International Holdings e acrescentou que o congelamento de bens é apenas uma medida cautelar. “Ao contrário do agora alegado pela empresa nacionalizada Unitel S.A., os empréstimos da Unitel S.A. à Unitel…
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A empresária angolana diz que não foi a única assinar os empréstimos da operadora de telecomunicações Unitel à Unitel International Holdings e que o congelamento de bens é apenas uma medida cautelar.
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A empresária angolana Isabel dos Santos garantiu esta semana que não foi a única assinar os empréstimos da operadora de telecomunicações Unitel à Unitel International Holdings e acrescentou que o congelamento de bens é apenas uma medida cautelar.

“Ao contrário do agora alegado pela empresa nacionalizada Unitel S.A., os empréstimos da Unitel S.A. à Unitel International Holdings BV não foram aprovados nem assinados unicamente por Isabel dos Santos”, lê-se numa nota, na qual uma fonte oficial da empresária angolana acrescenta que “estes empréstimos foram objecto de uma aprovação colegial da Assembleia Geral de Accionistas da Unitel S.A. em 2014, e foram igualmente assinados por três membros do Conselho de Administração”.

Na resposta à decisão judicial, esta fonte oficial diz que “Isabel dos Santos nunca recebeu pagamentos, nem dividendos, e nem nunca usufruiu de salários da Unitel International Holdings BV”, e salienta que “a acção cível que decorre no Tribunal de Londres trata-se de uma medida preventiva, ou seja, de uma Providência Cautelar (congelamento) a pedido da Unitel S.A., empresa nacionalizada pelo Estado angolano em Outubro de 2022, que vem agora alegar que os referidos empréstimos não foram devidamente aprovados e que Isabel dos Santos era a única beneficiaria da Unitel International Holdings BV”.

A acção principal no tribunal de Londres, apontam, “só terá início em 2024”. A empresária garante que “a totalidade do valor dos empréstimos concedidos pela Unitel S.A. à Unitel International Holdings BV foi utilizado para a aquisição das participações das operadoras de telecomunicações Unitel T+ Cabo Verde, Unitel São Tomé e NOS Portugal, no âmbito do plano de internacionalização aprovado pelos accionistas da Unitel S.A.”.

Segundo lembra a Lusa, o juiz Robert Bright, de um tribunal comercial britânico, anunciou na Quarta-feira que decretou o congelamento de cerca de 580 milhões de libras (670 milhões de euros) controlados pela empresária angolana Isabel dos Santos, num processo movido contra a Unitel International Holdings.

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