Angola já tem uma capacidade industrial, em alguns casos, que começa a ultrapassar a necessidade local, garantiu esta Sexta-feira, 21, em Luanda, o ministro da Indústria e Comércio, Rui Miguêns de Oliveira.
“Isso conduz-nos a pensar na necessidade de desenvolver a capacidade exportadora. Noutros casos, temos algumas indústrias que têm essa necessidade de conseguir no mercado local as matérias-primas para o seu funcionamento. Portanto, temos que cada vez mais conversar com as nossas indústrias nacionais”, disse.
O ministro angolano explicou que a inter-relação que as indústrias precisam de garantir entre si, em que umas são provedoras de outras, em que uma gera outras necessidades, possam converter em desenvolvimento industrial de Angola.
“O sector industrial tem um peso que ronda os 10% do PIB do nosso país, um valor que começa a ser importante, mas que está ainda aquém daquilo que seria desejável para uma economia que precisa de crescer, gerar emprego e que precisa de se industrializar”, frisou.
O concurso para a variação do PIB não petrolífero de 2024 do sector industrial, segundo lembrou, andou à volta dos 2,3%, o que significa dizer que a componente industrial na variação do PIB ainda é bastante pequena, face aos desafios, intenções e obrigações que o país tem.
“Nos últimos dois anos, tem havido investimentos na indústria ligeira, na indústria agroalimentar, mas também já começamos a ter investimentos na indústria pesada. Ainda este ano, nós poderemos vir a ter a funcionar a nossa primeira grande indústria de produção de alumínio, com investimento significativo e diria que no sector industrial é o maior investimento que estamos a ter desde 20024-2025, cerca de 1.2 mil milhões de dólares”, detalhou.
