Hoje marca o início do ano parlamentar 2024/2025 em Angola, com o tradicional discurso sobre o “estado da Nação” a ser proferido pelo Presidente da República, João Lourenço. O Chefe do Estado Angolano deverá apresentar o relatório geral do trabalho desenvolvido até à data, assim como abordar os desafios políticos e económicos que o país enfrentará no próximo ano.
O discurso é esperado com grande expectativa, nomeadamente por parte de entidades religiosas, que aguardam uma mensagem de esperança e unidade. Esta intervenção do Presidente João Lourenço ocorre no contexto de uma cerimónia solene que terá lugar na Assembleia Nacional, onde são esperados mais de 400 convidados.
Este é o oitavo discurso sobre o ,”estado da Nação” de João Lourenço, desde que assumiu a presidência de Angola em 2017, sucedendo a José Eduardo dos Santos, que liderou o país durante 38 anos. Reeleito em 2022 para um segundo mandato, Lourenço tem usado este tipo de discurso para fazer um balanço das realizações do seu governo e apresentar planos futuros para o desenvolvimento de Angola e melhoria das condições de vida dos angolanos.
No entanto, os discursos anteriores foram alvo de críticas da oposição e de alguns analistas, que os consideram bastante extensos e pouco realistas, muitas vezes sublinhando que as promessas feitas não se materializam da forma esperada. Ainda assim, o evento continua a ser um momento alto da política angolana.
Além do discurso do Presidente, o programa de abertura do ano parlamentar inclui uma mensagem de boas-vindas da Presidente da Assembleia Nacional, Carolina Cerqueira.
A Assembleia Nacional de Angola é composta por 220 deputados, dos quais 124 pertencem ao partido no poder, o MPLA, enquanto a UNITA, o maior partido da oposição, conta com 90 deputados. A Frente Nacional de Libertação de Angola, o Partido de Renovação Social e o Partido Humanista de Angola têm, cada um, dois representantes.
Este ano parlamentar prolonga-se até 15 de agosto de 2025, num período que será marcado por importantes debates e decisões legislativas no Parlamento angolano.
