Um projecto da Associação dos Jovens Empresários de Cabo Verde (AJEC) prevê a criação de uma academia do empreendedorismo no país, como meio de formar, acompanhar e financiar novos interessados que se lancem no sector, anunciou o líder da organização, Lenine Mendes, que fez a apresentação da agenda.
O desafio foi lançado durante as comemorações do 13º aniversário daquela agremiação de jovens empresários, numa conferência realizada, na passada sexta-feira, 10, em formato híbrido (presencial e virtual) e que juntou várias sensibilidades do sector empresarial cabo-verdiano e convidados de outros países lusófonos, acompanhada pela FORBES ÁFRICA LUSÓFONA.
Subordinada ao tema “AJEC – Desafio e Oportunidades”, o encontro teve como objectivo formar, acompanhar, ajudar e financiar os jovens empreendedores a desenvolverem os seus negócios.
Assim, e como forma de fazer andar a iniciativa, o presidente da AJEC voltou a reforçar a necessidade da obtenção de uma sede própria, onde a organização possa receber e formar os jovens até que consigam a sua autonomia e entrarem para o mercado do trabalho.
“A AJEC tem utilidade pública, tanto para o Governo como para as câmaras municipais e somos certificados para dar formações. Por isso, precisamos de um espaço que nos possibilite oferecer esse serviço”, explicou Lenine Mendes.
De solicitações não é tudo. Lenine também apontou, ao nível do empreendedorismo, a questão do licenciamento e financiamento como os maiores entraves encontrados pelos jovens na hora de abrir os seus negócios.
Para o líder associativo, que falava para uma assistência de jovens empresários, “é preciso acabar com estas barreiras”. Aliás, enfatizou, sem a eliminação das mesmas [barreiras], fica comprometido a meta e agenda da organização que já conta com 216 associados.
Do balanço dos 13 anos da organização, Lenine Mendes destacou a campanha de mobilização que o órgão associativo tem levado a cabo para trazer mais empresários à economia local. Para o líder juvenil a AJEC entrou na senda do empreendedorismo de jovens cabo-verdianos e incentiva a criação de negócios e de políticas empreendedoras concretas nas instituições públicas e privadas.
“Fruto disto, contamos actualmente com 216 associados e estamos a crescer porque os jovens sentem a necessidade de serem acompanhados”, indicou o líder da AJEC.
Mas não só de associados trabalha a AJEC. Segundo o presidente da Associação, tem sido dada também atenção aos jovens não associados, uma vez ser objectivo da associação o fomento do empreendedorismo. “O que pretendemos é criar condições para que os jovens desenvolvam negócios sustentáveis”, apelou.
Criada em 2009, a AJEC trabalha em rede com mais de 133 países e congrega 216 membros de diversas ilhas, contribuindo com mais de 600 empregos directos.
