Juros da dívida de Moçambique descem e comprovam boas perspectivas económicas

Os juros exigidos pelos investidores para transacionarem a dívida pública de Moçambique que vence em 2031 desceram nesta Segunda-feira para 11,09%, o valor mais baixo desde 2022, sinalizando confiança na evolução económica deste país lusófono africano. De acordo com a agência de informação financeira Bloomberg, os títulos de Moçambique com vencimento em 2031 valorizaram-se depois…
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De acordo com a agência de informação financeira Bloomberg, os títulos de Moçambique com vencimento em 2031 valorizaram-se depois de a Eni ter aprovado um projecto de gás natural liquefeito no valor de 7,2 mil milhões de dólares.
Economia

Os juros exigidos pelos investidores para transacionarem a dívida pública de Moçambique que vence em 2031 desceram nesta Segunda-feira para 11,09%, o valor mais baixo desde 2022, sinalizando confiança na evolução económica deste país lusófono africano.

De acordo com a agência de informação financeira Bloomberg, os títulos de Moçambique com vencimento em 2031 valorizaram-se depois de a Eni ter aprovado um projecto de gás natural liquefeito no valor de 7,2 mil milhões de dólares e a TotalEnergies ter sinalizado que está pronta para retomar os trabalhos num grande projeto de desenvolvimento no norte do país, retirando a ‘força maior’ que sustentou a paragem do projecto.

Os juros da dívida caíram 14 pontos base para 11,09%, o nível mais baixo desde 2022, escreve a Bloomberg, lembrando que a emissão de dívida atraiu a procura de investidores que procuravam um rendimento mais elevado num panorama em que os países dos mercados emergentes enfrentavam elevados custos de financiamento.

Moçambique tem três megaprojectos de desenvolvimento aprovados para exploração das reservas de GNL da bacia do Rovuma, classificadas entre as maiores do mundo, ao largo da costa de Cabo Delgado, incluindo um da TotalEnergies (13 mtpa), e outro da ExxonMobil (18 mtpa), que aguarda decisão final de investimento, ambos na península de Afungi.

Até agora, avançou apenas o da Eni, Coral Sul, e no princípio de outubro garantiu-se também o Coral Norte, no ‘offshore’ da província. Os restantes desenvolvem-se em terra.

Num estudo da consultora Deloitte, diz a Lusa, concluiu-se, em 2024, que as reservas de GNL de Moçambique representam receitas potenciais de 100 mil milhões de dólares.

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