A Associação de Empresas Autóctones para a Indústria Petrolífera de Angola (ASSEA) lançou uma campanha, denominada “Action for 20%”, iniciativa estratégica para aumentar a participação de empresas angolanas no sector petrolífero dos actuais 2% para 20% até 2027.
Apresentada oficialmente durante a 5ª Edição da Conferência Angola Oil & Gas, a campanha visa despertar a consciência e mobilizar todos os intervenientes do sector petrolífero, incluindo reguladores, operadoras, prestadoras de serviços e empresas angolanas para a importância de criar um ambiente mais inclusivo e equitativo.
De acordo com a presidente da ASSEA, Berta Rodrigues Issa, esta não é apenas uma campanha, é um movimento para o futuro de Angola.
“A transformação começa hoje, e o sucesso depende da acção colectiva. Este espaço permitirá que os visitantes explorem mais sobre a missão e metas da campanha, através de ferramentas visuais e testemunhos de empresas locais que já beneficiaram das políticas de conteúdo local”, detalhou.

Falando da importância do Conteúdo Local, Berta Rodrigues Issa lembrou que o sector petrolífero em Angola enfrenta um desafio crítico, já que apenas 2% das oportunidades são destinadas a empresas angolanas, considerando que esta disparidade não pode continuar.
“Com a campanha Action for 20%, queremos mudar esta realidade. O principal foco é garantir a aplicação efectiva do Decreto Presidencial 271/20 e promover acções concretas que conduzam ao aumento da participação das empresas locais”, disse.
Acrescentou ainda que a inclusão das empresas locais não é apenas uma questão de justiça económica, mas também de sustentabilidade e de desenvolvimento de longo prazo para o nosso país.
Recorde-se que durante a abertura da 5ª Edição da Conferência Angola Oil & Gas, o Presidente da Republica, João Lourenço, disse que é imperioso que se os actores do sector petrolífero prestem uma especial atenção aos jovens recém-formados, criando condições para a sua inserção no mercado do trabalho.
“É uma determinação da chamada Lei do Conteúdo Local do Sector Petrolífero, cuja implementação cabal o Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás e a Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis têm a responsabilidade de supervisionar”, referiu João Lourenço.
Actualmente, as empresas angolanas beneficiam de apenas 2% de um total de 18,2 mil milhões de dólares em contratações anuais.