O ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás de Angola, Diamantino Azevedo, anunciou nesta Quarta-feira, em Luanda, que a próxima rodada de licenciamento do país será aberta no quarto trimestre de 2025, oferecendo áreas nas bacias do Kwanza e de Benguela.
Em um bate-papo ministerial patrocinado pela Vitol na Conferência e Exposição Angola Oil & Gas 2025, Diamantino Azevedo afirmou que a rodada faz parte dos esforços para manter a produção de petróleo acima de um milhão de barris por dia (bpd) em 2026 e além.
A próxima rodada de licenciamento representa a rodada final de licitações da estratégia plurianual de licenciamento de Angola, lançada em 2019 com objectivo de conceder 50 concessões angolanas.
Oferecendo blocos em bacias comprovadas de hidrocarbonetos, a rodada deverá impulsionar a exploração, enquanto o país se esforça para lidar com o declínio da produção.
“Temos a meta de atingir um milhão de bpd no próximo ano. Embora tenhamos muitas actividades e desenvolvimentos em certas áreas, somos um país com poços maduros em nossos campos. Nossa solução é buscar novos depósitos. Em terra e no mar, observamos um crescimento na exploração de novos blocos. A estratégia plurianual termina este ano, com mais uma rodada de licitações prevista. A rodada de licenciamento de 2025 será lançada no último trimestre deste ano”, enfatizou o ministro angolano
A próxima rodada de licenciamento coincide com uma estratégia ambiciosa do governo para atrair investimentos em bacias activas e emergentes.
Complementando a estratégia de licenciamento, o Governo sustenta que o regime de oferta permanente de Angola e as perspectivas de campos marginais atraem investimentos em activos não desenvolvidos ou de menor escala.
Segundo o ministro, o país tem legislação para os campos marginais, sendo que outro programa que está indo bem são as bacias internas.
“Ainda temos uma estratégia flexível, onde os investidores podem [apreender blocos]. Essas reformas não só atraíram novos investimentos para o sector, como também apoiaram reinvestimentos de actores activos. Quando decidimos implementar a mudança legislativa, convidamos o sector privado a participar. Isso demonstra nosso espírito cooperativo, para que possamos criar mecanismos de ganho mútuo. O processo de reforma não está concluído, continuamos trabalhando para aprimorar a legislação, a implementação e a regulamentação”, lembrou.
Além das parcerias internacionais, Angola busca fortalecer a participação local no sector de petróleo e gás. Diamantino Azevedo destacou o papel dos actores locais no sector, ressaltando a necessidade de posicionar os empreendedores e empresas angolanas na vanguarda do crescimento do sector.