O livro sobre a “A História do Petróleo de Angola”, que detalha as várias etapas, desde os primórdios até à primeira descoberta de petróleo, em 1955, da autoria de José Rebelo e António Pinho, foi lançado recentemente em Luanda.
A obra é fundada em textos na primeira pessoa, documentos originais ou fotocópias, arquivos dispersos e relatórios técnicos encontrados no Instituto de Investigação Científica de Angola, nos “Arquivos de Angola” (Compilação e publicação em Angola nos anos de 1960), estudos e relatórios da Sinclair.
Com 300 páginas, o livro retrata estudos geológicos, sondagens de pesquisa, resultados de sondagens e dificuldades logísticas da actividade das concessionárias da altura.
A história contada numa narrativa sub-dividida em três períodos. O primeiro período concessão “Canha & Formigal” (1910-1920), segundo “Concessão P.A (1921-1936) e o terceiro período “Missão de Pesquisas Petrofina (1952-1955) que foi a primeira descoberta do petróleo em Angola-Benfica, em Abril de 1955.
O livro retrata designadamente “Companhia do Petróleo de Angola” (1916), “Sinclair” (1919) e “Concessões de Petróleo de Angola” (1921).
De acordo com o escritor José Rebelo, que apresentou a livro, a ideia surgiu da curiosidade dos dois especialistas que vivenciaram o grande desenvolvimento da actividade petrolífera em Angola, a partir do início de 1960, antes e depois da independência.
“Tratou-se de procurar saber como tudo começou que, vasculhamos velhos documentos, fomos impelidos a querer saber mais no nevoeiro que cobre o passado de Angola e da África Subsariana até à primeira metade do século XX”, conta Rebelo.
No entanto, o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, reconheceu o valor histórico e pedagógico da obra.
“O livro é mais do que um registo, é um legado, uma obra de referência que dignifica o conhecimento e enriquece o debate sobre o desenvolvimento do nosso sector e do nosso país”, sublinhou o governante.
“Valorizemos este livro. Que ele inspire debates, políticas públicas e vocações futuras. Porque só quem conhece o seu passado tem condições objectivas para transformar o seu destino”, apelou.
Diamantino Azevedo considerou os autores como “testemunhas e protagonistas de um sector que moldou a história económica, social e política de Angola.
José Fragoso Gomes Rebelo é engenheiro de minas pela Universidade do Porto, e exerceu a actividade na indústria do petróleo por mais de 40 anos, dos quais 21 na Fina Petróleos de Angola como técnico, director-geral e presidente do Conselho de Administração.
E António Correia de Pinto tem 35 anos de actividade na indústria do petróleo, é formado em geologia de petróleo, nos Estados Unidos da América e trabalhou sete anos na Cabinda Gulf Oil Company, em Angola.