Luanda recebe 35.ª Bienal de São Paulo

Luanda será palco da exposição da 35.ª Bienal de São Paulo, intitulada "Coreografias do Impossível", que terá lugar no Instituto Guimarães Rosa, com entrada gratuita. A mostra reúne obras de nove artistas de várias partes do mundo, incluindo Angola, África do Sul, Brasil, França, Marrocos, Vietname, Zimbabué e Portugal, ocupando uma área de dois mil…
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A 35.ª Bienal de São Paulo chega a Luanda com a exposição "Coreografias do Impossível", reunindo obras de nove artistas internacionais, de 22 de Setembro a 8 de Dezembro, com entrada gratuita.
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Luanda será palco da exposição da 35.ª Bienal de São Paulo, intitulada “Coreografias do Impossível”, que terá lugar no Instituto Guimarães Rosa, com entrada gratuita. A mostra reúne obras de nove artistas de várias partes do mundo, incluindo Angola, África do Sul, Brasil, França, Marrocos, Vietname, Zimbabué e Portugal, ocupando uma área de dois mil metros quadrados.

Entre os artistas participantes destacam-se os angolanos Januário Jano e o português Carlos Bunga. Jano apresentará uma série de vinte fotografias que exploram a identidade pós-colonial em Angola, enquanto Bunga realiza uma instalação ‘site-specific’, que desafia o público a interagir com o espaço de forma sensorial, questionando a efemeridade das estruturas sociais e arquitetônicas.

Segundo a Lusa, a exposição contará ainda com uma programação de filmes e a obra “Habitar el color”, uma instalação onde o público é convidado a caminhar descalço sobre uma superfície coberta de tinta. Além disso, a mostra “Batismo” exibirá uma coleção de fotografias em que o artista se despe de roupas brancas.

Maguy Etlin, vice-presidente da Fundação Bienal de São Paulo, destacou a importância histórica da realização deste evento na África pela primeira vez, especialmente num país com fortes laços culturais com o Brasil. Etlin destacou que, apesar das adversidades do passado colonial, houve sempre uma rede de trocas culturais que influenciou profundamente ambos os territórios.

Os curadores Grada Kilomba e Hélio Menezes explicam que o objetivo da exposição é explorar como os artistas encontram novas possibilidades de criação dentro de contextos desafiadores, muitas vezes marcados por heranças coloniais e violência. “Coreografias do Impossível” procura mostrar como essas situações, em vez de limitadas, inspiram a produção artística.

A exposição da Bienal de São Paulo em Luanda também tem como objectivo promover o intercâmbio entre artistas locais e internacionais, incentivando novas parcerias e trocas de experiências.

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