O lucro líquido da TAAG – Linhas Aéreas de Angola, em 2024, não foi positivo, segundo admitiu esta Sexta-feira, 14, em Luanda, o seu presidente da comissão executiva, Nelson de Oliveira, respondendo a uma pergunta da FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, sem, no entanto, avançar dados concretos sobre a facturação.
“O líquido já não é tão positivo porque a TAAG também herda algum passivo. O que nós temos que fazer é baixar este passivo”, disse Nelson de Oliveira, numa entrevista colectiva à margem da recepção da segunda aeronave Airbus A220-300, que vai assegurar as ligações domésticas e regionais, respondendo à dinâmica do crescimento do tráfego e indicadores de procura de mercado.
O responsável diz acreditar que “baixando os seus custos operacionais”, a transportadora aérea angolana de bandeira “poderá ter uma disponibilidade de um valor não positivo, mas menor do que as perdas dos anos anteriores”. “Operacionalmente, nós estivemos bem, o nosso custo operacional foi muito menor em relação ao ano de 2023. Não tenho valores assim aqui (…)”, ressaltou.
No ano passado, de acordo com Nelson Oliveira, a TAAG primou pela recuperação da sua imagem, fazendo todo o possível para ter um despacho operacional maior. “Portanto, estávamos com um nível de operação abaixo dos 70%, mas hoje já estamos a um nível de 82 e 85%, e com um número de cancelamento muito menor em relação ao ano de 2023”, garantiu.
O CEO acrescentou que o objectivo principal é desenvolver a TAAG com o critério que todos os angolanos esperam, no caso, “um melhor serviço, melhor despacho operacional e menos cancelamentos”.
A nova aeronave Airbus A220-300 que a empresa acaba de receber tem capacidade total para 137 passageiros (12 em classe executiva, 35 em classe premium economic e 90 em classe económica), com uma poupança de consumo de combustível na ordem dos 25%, baixa poluição sonora e reduzida emissão de gases nocivos ao ambiente, comparando com a geração anterior de aviões, segundo a especificações técnicas do aparelho apresentadas na ocasião.