Os lucros da Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), em Moçambique, aumentaram 41,4% em 2023, para 13.022 milhões de meticais (190,8 milhões de euros), recorde na empresa, uma das maiores produtoras independentes de energia da África austral.
De acordo com informação da hidroeléctrica consultada, sobre o relatório e contas aprovado na Terça-feira pela assembleia-geral, este resultado “é o corolário da produção total gerada em 2023”, que se fixou em 16.057,5 GigaWatt-hora (GWh), 12,36% acima do planeado e “a maior dos últimos oito anos”.
“Mais ainda, é resultado da revisão bem-sucedida da tarifa de venda de energia ao estrangeiro”, acrescenta a informação.
O Estado moçambicano detém 90% do capital social da HCB, desde a sua reversão para Moçambique, acordada com Portugal em 2007, enquanto a empresa portuguesa Redes Energéticas Nacionais (REN) tem uma quota de 7,5% e a Electricidade de Moçambique 2,5%.
Na mesma assembleia-geral foi aprovada a aplicação de 55% dos lucros de 2023 como dividendos aos acionistas, 35% para reserva de investimentos e 10% para resultados transitados para 2024.
A HCB, segundo a Lusa, vai pagar desta forma dividendos no valor de 6,3 mil milhões de meticais (87,8 milhões de euros) ao Estado moçambicano, mais 73,2% face à distribuição feita dos lucros de 2022.