A Rede Viária de Moçambique (Revimo), responsável pela construção, conservação e exploração de várias estradas nacionais, viu os seus lucros crescerem 9,8% no ano passado, face aos 158 milhões de meticais (2,2 milhões de euros) de 2022, segundo o relatório e contas da instituição.
Do total de 158 milhões de meticais de lucros, a administração propôs a aplicação de 7,9 milhões de meticais (110 mil euros), correspondentes a 5% do total, em reservas legais, 63,2 milhões de meticais (885 mil euros) em dividendos para accionistas, correspondente a 40%, e 86,9 milhões de meticais (1,2 milhão de euros) para o reforço de resultados transitados, equivalente a 55%.
Segundo o documento citado pela Lusa, em 2023 a Revimo registou um crescimento de 24,6%, para 32,7 milhões de euros, em 2023, que terá sido impulsionado pelos novos níveis de volume de tráfego e o melhoramento da qualidade dos serviços.
O relatório dá ainda conta que a empresa fechou o ano passado com 616 trabalhadores, um aumento na ordem de 9,6% face a 2022, e com um capital social de 660.000.000 meticais (9,2 milhões de euros), numa estrutura acionista liderada pelo Fundo de Estradas (70%), Fundo de Pensões do Banco de Moçambique (15%), em igual percentagem com o Instituto Nacional de Segurança Social (INSS).
A Revimo, que terminou o ano com a gestão de 675,1 quilómetros de estradas em cinco províncias de Moçambique, com 16 portagens (mais 33% comparativamente ao ano passado), registou o crescimento de 11,3% no tráfego médio diário anual, que passou para 53.494 viaturas.
As concessões entregues pelo Estado à Revimo incluem a estrada N6 Beira-Machipanda, com uma extensão de 287 quilómetros (km), a Circular de Maputo, com 71,4 km, incluindo a estrada R804 Marracuene – Macaneta, numa extensão de 12 km, e a Ponte Maputo KaTembe e respectivas estradas de ligação com 187 km.
*Napiri Lufánia