As contas de balanço da Sociedade Cabo-verdiana de Tabacos aumentaram, nos 12 meses do ano passado, 8,3% para 2,1 milhões de euros, tendo a tabaqueira aprovado o pagamento de um dividendo de 7,60 euros por acção aos seus accionistas, revela relatório da empresa.
Com este registo de lucro, o conselho de administração da tabaqueira propôs a aplicação de 200 milhões de escudos, a moeda local, cerca de 1,8 milhões de euros em dividendos aos accionistas, mantendo o valor dos últimos anos.
Distribuídos pelas 240.000 acções da Sociedade Cabo-verdiana de Tabacos (SCT), que tem o monopólio da distribuição do tabaco em Cabo Verde, trata-se de um dividendo de 833 escudos (7,6 euros) por cada acção, enquanto os restantes 33,2 milhões de escudos (302 mil euros) serão aplicados em reservas legais da empresa.
Citado pela Lusa, o relatório e contas da Sociedade cabo-verdiana de Tabacos mostra ainda que a empresa tem actualmente reservas de 458,8 milhões de escudos (4,2 milhões de euros) e que a reserva legal “já atingiu o valor máximo exigido por lei”, daí voltar a distribuir o mesmo valor em dividendos face a anos anteriores.
“Devido à incerteza provocada pela pandemia da Covid-19 e à expectativa da reforma do quadro legal da indústria tabaqueira no país, a empresa adiou a implementação do Plano de Investimentos, reconhece ainda a tabaqueira”, lê-se no documento.
A estrutura accionista da SCT é liderada em 51,15% por um agrupamento de empresas, com 122.760 acções, seguido do Município do Sal (12,50%), que detém 30.000 acções. As restantes 87.240 acções (36,35%) estão cotadas na Bolsa de Valores de Cabo Verde e distribuídas pelo público em geral.
Com sede na ilha de São Vicente, a tabaqueira cabo-verdiana fechou 2021 com 40 trabalhadores e uma capitalização bolsista recorde de 523,4 milhões de escudos (4,7 milhões de euros).