O Presidente francês, Emmanuel Macron, estará a prepara-se para realizar uma visita oficial a vários países africanos, com passagens previstas por Port Louis (Maurícia), Joanesburgo (África do Sul), Libreville (Gabão) e Luanda (Angola), segundo revelou a revista Jeune Afrique, citando uma fonte governamental confiável.
Durante esta digressão, Macron deverá reunir-se com os Chefes de Estado Navin Ramgoolam, Cyril Ramaphosa e Brice Clotaire Oligui Nguema, consolidando o diálogo político e económico da França com países-chave da África Austral e Central.
A agenda de macron inclui ainda a Cimeira do G20, marcada para 22 e 23 de Novembro, em Joanesburgo, e a Cimeira União Europeia–União Africana, que terá lugar em Luanda, nos dias 24 e 25 de Novembro, segundo a Jeune Afrique.
A deslocação reforça o reposicionamento estratégico da França no continente africano, numa fase em que Paris procura redefinir as suas alianças, diversificar a cooperação económica e projectar uma diplomacia mais pragmática, centrada em parcerias sustentáveis e no investimento em sectores como energia, segurança e inovação.
Em meses recentes, Macron já havia reforçado contactos bilaterais com líderes africanos. Em Agosto, recebeu em Paris o Presidente do Senegal, Bassirou Diomaye Faye, para debater a cooperação económica e militar. Em Julho, foi a vez de Alassane Ouattara, Presidente da Costa do Marfim, ser recebido no Palácio do Eliseu, num encontro que reafirmou a prioridade das relações franco-africanas na agenda diplomática de Paris.
Reposicionar França em África
A nova ‘ofensiva’ diplomática de Emmanuel Macron insere-se numa estratégia de reposicionamento da França em África, após anos de perda de influência em países do Sahel e da África Ocidental, onde potências emergentes – como China, Rússia e Turquia – vêm ampliando o seu espaço económico e político.
A presença do líder francês em Luanda e Joanesburgo destaca o foco crescente da diplomacia francesa na África Austral, uma região com economias em diversificação e potencial energético significativo. Angola, em particular, surge como um parceiro estratégico para a França no domínio da energia, infra-estruturas e defesa, num momento em que ambos os países procuram expandir as suas trocas comerciais e o investimento recíproco.





