O centro comercial Belas Shopping perspectiva a entrada, ainda este ano, de quatro novas lojas que representarão marcas do segmento de estética, cosmética, gourmet e relojoaria, segundo avançou em entrevista à FORBES, Uirá Ribeiro, director da Kaluanda Belas Mall, empresa responsável pela gerência do empreendimento.
De acordo com o gestor, mesmo a meio de um cenário económico desafiador, o Belas continua a manter a sua identidade como principal centro comercial do país. Neste, acrescentou, muitos empresários do sector retalhista ambicionam abrir lojas no shopping. “Por isso é que até o final deste ano, de forma a agregar mais valor ao nosso mix de lojas, vamos contar com mais quatro estabelecimentos”, antecipa.
Com 13 anos de existência, o espaço comercial conta com várias lojas, entre nacionais e internacionais, do segmento da moda, decoração, acessórios, brinquedos, farmácias, cosmética, telefonia, eletrónica, lazer e entretenimento, serviços vários, além de uma vasta oferta em restauração. A parte de luxo está virada actualmente para artigos de relojoaria e joalharia, assim como marcas internacionais de moda, acessórios e cosméticos.
Dados fornecidos à FORBES dão conta que até finais de 2019 exerciam actividades no Belas Shopping um total de 93 lojas, numa área de aproximadamente 17 mil metros quadrados. Entretanto, no ano em curso, três destas encerraram as suas portas, por opção, enquanto outras duas novas entraram e iniciaram já as operações.
Face ao novo cenário causado pela pandemia da Covid-19, Uirá Ribeiro assegura que os lojistas e donos de restaurantes inseridos naquele empreendimento comercial introduziram novos serviços, como por exemplo o delivery (entregas) e take-away (comprar e levar) no sector de artigos e da restauração, como medidas de segurança face ao novo coronavírus.
No que tem que ver com o pagamento dos arrendamentos dos espaços, referiu que “à semelhança do que acontece com o segmento de retalho em vários outros países”, o Belas também teve que reajustar o seu modelo de actuação, no sentido de apoiar os seus lojistas, com foco na sobrevivência, sem, no entanto, avançar detalhes.
“Apesar das dificuldades actuais, os lojistas têm feito um grande esforço em cumprir com as suas obrigações, o que levou o shopping a fazer pequenos ajustes no modelo comercial vigente. Houve, também, a necessidade de reajustar a nossa estratégia, devido ao contexto actual, com relação aos nossos planos de negócio e até de crescimento de médio prazo”, apontou.
No que tem que ver com a facturação, Uirá Ribeiro, não quis avançar números, limitando-se a dizer que, apesar do actual cenário de crise que já se arrasta há mais de cinco anos, o Belas Shopping tem se mantido em linha com o previsto no seu plano de negócio, embora perspective um impacto negativo na apuração dos resultados para o presente ano económico, que viu o número de visitantes reduzir na ordem dos 12%.
Além das lojas âncoras (Worten e RedTag), indica o responsável, o segmento de serviços são os que mais têm contribuído para o volume de facturação neste período de restrições impostas pela Covid-19.