Maputo acorda sem movimento em dia de protesto

A cidade de Maputo acordou esta Segunda-feira praticamente sem movimento, com algum reforço policial nas ruas, dia em que o candidato presidencial Venâncio Mondlane convocou marchas pacíficas, repudiando o homicídio de dois apoiantes, e uma greve geral contra os resultados eleitorais preliminares. Numa ronda feita pela Lusa na capital moçambicana, foi possível constatar uma cidade…
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A cidade moçambicana acordou esta Segunda-feira praticamente sem movimento, com algum reforço policial nas ruas, dia em que o candidato presidencial Venâncio Mondlane convocou marchas pacíficas.
Política

A cidade de Maputo acordou esta Segunda-feira praticamente sem movimento, com algum reforço policial nas ruas, dia em que o candidato presidencial Venâncio Mondlane convocou marchas pacíficas, repudiando o homicídio de dois apoiantes, e uma greve geral contra os resultados eleitorais preliminares.

Numa ronda feita pela Lusa na capital moçambicana, foi possível constatar uma cidade com trânsito anormalmente reduzido para o primeiro dia semana de trabalho, poucos transportes a funcionarem, embora algum movimento pedonal e cafés a funcionar.

Também é visível algum reforço policial, sobretudo na zona prevista para a saída da marcha, o local do duplo homicídio de sexta-feira, e igualmente junto à sede do município.

“Vai ser a primeira etapa, pacífica, em que nós vamos paralisar toda a actividade pública e privada. Vamos para a rua com os nossos cartazes, vamos manifestar o nosso repúdio”, anunciou Venâncio Mondlane, no sábado, em Maputo, no local em que dois apoiantes foram assassinados.

Garantiu que a greve, no setor público e privado, que tinha pedido para hoje, em contestação aos resultados preliminares das eleições de 09 de Outubro, é para manter, passando agora para a rua, e responsabilizou as Forças de Defesa e Segurança (FDS) pelo duplo homicídio.

“Não se isentem. Foram as vossas forças (…) voltaram a cometer um grande crime”, acusou Venâncio Mondlane, garantindo ter provas da acusação às FDS, que inclui a polícia.

A polícia moçambicana confirmou no sábado, à Lusa, que a viatura em que seguiam Elvino Dias, advogado de Venâncio Mondlane, e Paulo Guambe, mandatário do Podemos, partido que apoia Mondlane, mortos a tiro, foi “emboscada”.

O crime aconteceu na avenida Joaquim Chissano, centro da capital, e segundo a polícia uma mulher que seguia nos bancos traseiros da viatura foi igualmente atingida a tiro, tendo sido transportada para o hospital.

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