O Governo de Angola autorizou um investimento de 3,3 mil milhões de kwanzas (cerca de 3,5 milhões USD) para as obras de reperfilamento e estabilização de solos no aeródromo de Mavinga, na província do Cuando Cubango, ao abrigo do Despacho Presidencial n.º 220/25, de 3 de Setembro.
O investimento está a ser visto como uma aposta que vai muito além da engenharia civil: tratará de reconectar comunidades, dinamizar a economia local e reforçar a presença do Estado em território remoto.
A intervenção, de acordo com uma nota consultada pela Forbes África Lusófona, prevê a estabilização da pista e da placa de estacionamento, garantindo padrões mínimos de segurança e regularidade operacional. O objectivo é integrar o aeródromo na rede nacional de transportes, contribuindo para o desenvolvimento económico, agrícola e turístico da região, além de assegurar apoio logístico às forças de defesa e segurança.
Segundo o Executivo, a falta de uma infra-estrutura aeroportuária funcional, aliada às dificuldades de acesso terrestre, limita a circulação de pessoas e bens, prejudica a prestação de serviços públicos e fragiliza a presença do Estado em zonas remotas. Com as condições deficientes das estradas, o isolamento tornou-se uma barreira ao desenvolvimento.
Agora, o projecto pretende transformar o aeródromo numa porta de entrada para o agro-negócio, o turismo e a logística estratégica, colocando Mavinga no mapa da coesão territorial e da integração nacional. A decisão insere-se na estratégia governamental de reforçar a coesão territorial e a mobilidade aérea nacional, garantindo maior capacidade de resposta em regiões de difícil acesso.
Mais do que um investimento em betão, a decisão traduz uma visão de futuro, que passa por levar conectividade e oportunidades a quem vive longe dos centros urbanos.