Melhoria da performance financeira entre os desafios dos Correios de São Tomé e Príncipe

A melhoria da performance financeira, criação de um banco electrónico e de um Business Center, a aposta no comércio electrónico, o fomento de jogos como o totoloto, euromilhões e outros, bem como a criação de uma loja de utilidade de diversos, estão entre os principais desafios da empresa de Correios de São Tomé e Príncipe,…
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Numa entrevista à FORBES, o Director-geral da instituição fala dos desafios da empresa e diz que os mesmos serão concretizados com base numa "gestão rigorosa".
Economia

A melhoria da performance financeira, criação de um banco electrónico e de um Business Center, a aposta no comércio electrónico, o fomento de jogos como o totoloto, euromilhões e outros, bem como a criação de uma loja de utilidade de diversos, estão entre os principais desafios da empresa de Correios de São Tomé e Príncipe, segundo indicou à FORBES o seu director-geral, António Quintas Aguiar.

A empresa de Correios de São Tomé e Príncipe via-se a braços com uma avultada dívida de despesas correntes, cujo valor não foi revelado, contraída junto de instituições locais e estrangeiras, entre as quais a transportadora aérea portuguesa TAP, Fundo Social dos trabalhadores, subsídios de deslocação, salário dos trabalhadores, sindicato, jurista da empresa, CST, e Segurança Social.

Entretanto, António Aguiar garante que  a empresa conseguiu, nos últimos 12 meses, liquidar mais de 90% de dívidas das despesas correntes, tendo sublinhado que “o salário de trabalhadores não só estão em dia e que também são para durar e melhorar”, enquanto a sua direção estiver em funções.

“De um ano a esta parte já liquidamos mais de 90% de dívidas das despesas correntes que herdamos junto da TAP, Fundo Social dos trabalhadores, subsídios de deslocação, salário dos trabalhadores, sindicato, jurista da empresa, CST, e outros”, assegurou, acrescentando que, por outro lado, foi estancada também a divida com a Segurança Social, que deixou de ser paga desde Outubro de 2017, por alegada incapacidade financeira da empresa.

O gestor explica que mais de 70% das dívidas, bem como todas as despesas realizadas foram pagas com receitas próprias, “cuja origem e aplicação realizada periodicamente estão patentes nos documentos da contabilidade analítica que implementamos ao assumir as responsabilidades nesta empresa”.

Para que os Correios não volte a viver um cenário marcado por dívidas elevadas nos próximos tempos, o seu director-geral diz que a estratégia assentará em uma gestão rigorosa. “O que garante que não se vai voltar a contrair uma divida elevada é, essencialmente, muito rigor na gestão pois, cada cêntimo, segundo a sua origem, deve conhecer aplicação criteriosa e muito transparente, de modo a se poder evitar extravagâncias em termos económicos e financeiros, com a contabilidade devidamente organizada e sem ‘chicanes’ em termos contabilísticos”, disse.

António Aguiar assegura que, em termos de saúde financeira, a empresa está claramente melhor do que há um ano atrás, observando alguma reserva quer em termos de moedas estrangeiras quer em termos de moeda local. “Podemos mesmo dizer que para a satisfação das nossas despesas correntes e alguns dos investimentos tidos como presentes á curto/médio prazo, não teremos problemas de solvência”, enfatiza.

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