O escritor moçambicano, Mia Couto, disse estar “orgulhoso por receber o Prémio Feira Internacional do Livro (FIL) de Guadalajara, de literatura em Línguas Românicas 2024, assinalando a “atenção” que se está a dar à literatura africana.
“Fico obviamente muito feliz por receber este prémio. É um prémio de grande prestígio internacional e concorrem escritores de vários continentes, incluindo da África. Não fui o único africano concorrente nesta edição nem em outras. Portanto, essa atenção que se está a dar ao continente africano e a outras escritas com outras sensibilidades é algo que me orgulha muito”, referiu, reagindo a conquista.
“O júri decidiu atribuir o prémio por unanimidade, algo que diz tudo quanto ao reconhecimento da obra [de Mia Couto], do que significa literariamente, para a língua portuguesa e para quem escreve literatura nesse subúrbio da língua portuguesa que é Moçambique”, referiu o ensaísta e professor português Carlos Reis, que integrou o júri e a quem coube anunciar o nome do vencedor.
Segundo a Lusa, o vencedor, que recebe um prémio de 150 mil dólares, foi escolhido entre 49 autores de 20 países, que escrevem em seis línguas, designadamente catalão, castelhano, francês, italiano, português e romeno. Mia Couto tornou-se assim no primeiro autor africano a vencer o Prémio Internacional do Livro de Guadalahara, ao fim de três décadas.
*Napiri Lufánia