Depois de oito horas de audição, o Ministério Público da Guiné-Bissau ordenou a detenção do ministro da Economia e Finanças, Suleimane Seidi, e do secretário de Estado do Tesouro, António Monteiro, por alegada prática de crime peculato.
Os dois membros do governo chegaram mesmo a ser conduzidos aos calabouços da Polícia Judiciária de Bandim, mas, horas depois, acabaram por ser soltos, por ordem da ministra do Interior guineense, Adiatu Nandigna.
Rezam as acusações que, a 07 de Novembro, Suleimane Seidi endereçou uma carta de pedido de financiamento ao Banco da Africa Ocidental (BAO) para pagamento de dívidas dos credores, alegando uma dívida do Estado para com estes, no valor global 5 943 289 992 CFA, o equivalente a 9 984 025, 56 dólares norte-americanos, a taxa de câmbio oficial de 30 de Novembro.
Pelo que se diz, os aludidos credores, a quem o Estado alegadamente deve, são na sua grande maioria deputados da nação pela bancada do PAI Terra Ranca, partido que governa o país.
A se confirmar, segundo apurou a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, os acusados incorrem às práticas de corrupção, peculato, violação de normas de execução orçamental, de administração danosa, todas enquadradas nos crimes de titulares de cargos políticos.