Moçambique vai aumentar de cinco para 30 MegaWatts-hora (MWh) a energia que fornece ao vizinho reino de Essuatíni, anunciou a empresa estatal moçambicana EDM.
“Neste momento estamos a dar cinco megawatts e pediram mais 25. E nós disponibilizámos para eles, mas é parte de energia não firme e sempre que tivermos o excedente no país vamos aumentar os 25 megawatts que eles solicitaram. São trocas comerciais e vamos colocar ao preço do mercado, naturalmente”, disse o administrador do pelouro de produção e transporte de energia da Electricidade de Moçambique (EDM), Alberto Banze, em Maputo.
A adição de electricidade é um dos resultados dos três acordos de cooperação na área de energia, combustíveis e aviação civil, assinados durante a visita de trabalho do Rei Mswati III a Moçambique. O monarca, que cumpriu o segundo e último dia da visita a convite do Presidente Daniel Chapo, esteve na central Termoeléctrica de Maputo, onde reforçou a necessidade de cooperação no setor de energia entre os dois países.
“Viemos visitar esta central termoeléctrica de Maputo e estamos impressionados com essa capacidade instalada em Maputo. Maputo é uma referência na região no fornecimento de energia e também queremos aumentar as nossas capacidades. Estamos neste momento a enfrentar alguns problemas de energia no nosso país e estamos aqui para ver a possibilidade de recebermos mais”, disse Mswati III.
Na visita do monarca ao país, foram assinados três acordos de cooperação na área de energia, combustíveis e aviação civil.
“Fizemos a avaliação da nossa cooperação e lançámos as bases para a nossa futura cooperação em benefício mútuo entre os nossos povos e países, sobretudo na área económica”, explicou o Presidente Chapo.
O chefe de Estado apontou ainda como prioritários, no reforço da cooperação bilateral, sectores como a agricultura, turismo, energia, indústria, transportes, logística, recursos minerais, hídricos e pescas.
“Um dos resultados práticos imediatos foi o compromisso para Moçambique fornecer mais energia ao Reino de Essuatíni, elemento previsto no acordo rubricado (…) no âmbito do esforço conjunto de garantir segurança energética e acelerar o crescimento industrial dos dois países”, indicou a presidência, em comunicado, citado pela Lusa.
