Moçambique é o mais industrializado dos PALOP nos últimos dez anos.

Moçambique é o país africano de língua portuguesa que se tornou mais industrializado nos últimos dez anos (2010-2022), segundo o relatório elaborado pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), a União Africana (UA) e a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO). Denominado "Índice de Industrialização de África", a primeira edição da pesquisa, que…
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Classificação consta no “Índice de Industrialização de África”, elaborado pelo Banco Africano de Desenvolvimento, União Africana e a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial.
Investimento

Moçambique é o país africano de língua portuguesa que se tornou mais industrializado nos últimos dez anos (2010-2022), segundo o relatório elaborado pelo Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), a União Africana (UA) e a Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (UNIDO).

Denominado “Índice de Industrialização de África”, a primeira edição da pesquisa, que foi lançada à margem da cimeira da UA sobre “Industrialização e Diversificação Económica”, que decorreu a semana passada em Niamey, no Níger, coloca o Moçambique na melhor posição entre os PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa).

Cabo Verde figura na segunda posição na mesma lista, seguido por Angola em terceiro, São Tomé em quarto e Guiné-Bissau em quinto, de acordo com o estudo consultado pela FORBES ÁFRICA LUSÓFONA.

O BDA, a UA e a UNIDO adiantam ainda no seu relatório que 37 dos 52 países africanos tornaram-se mais industrializados nos últimos onze anos, com “grande” destaque para a África do Sul, o primeiro país da lista, seguido por Marrocos, Egipto, Tunísia, Ilhas Maurícias e o Reino de Essuatíni.

“Apesar de África ter mostrado progressos encorajadores na industrialização durante o período 2010-2022, a pandemia de Covid-19 e a invasão russa da Ucrânia atrasaram os seus esforços e demonstraram as lacunas nos sistemas de produção”, afirmou o diretor para o Desenvolvimento Industrial e Comercial do Banco Africano de Desenvolvimento, Abdu Mukhtar, que participou no acto de lançamento.

O responsável referiu que o continente tem uma “oportunidade única” de resolver esta dependência através de uma maior integração e conquista dos seus próprios mercados emergentes.

O estudo concluiu que o norte de África continua a ser a região mais avançada em termos de desenvolvimento industrial, seguida pela África Austral, África Central, África Ocidental e África Oriental.

O relatório do Índice de Industrialização de África fornece uma avaliação dos progressos de 52 países africanos através de 19 indicadores-chave, que abrangem o desempenho da indústria transformadora, capital, trabalho, ambiente empresarial, infraestruturas e estabilidade macroeconómica

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