O Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, iniciou este Domingo, 07, uma visita oficial a Portugal, centrada na cidade do Porto, para participar na VI Cimeira Bilateral Portugal–Moçambique.
O encontro marca o regresso do diálogo político ao mais alto nível, após três anos de interrupção, e é considerado pelo Executivo moçambicano como uma etapa “histórica” do primeiro mandato do Chefe do Estado.
Segundo a ministra dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Maria dos Santos Lucas, a deslocação do estadista enquadra-se na VI Cimeira Binacional entre os dois países, um mecanismo que, desde 2011, tem servido de plataforma para harmonizar agendas políticas, económicas e diplomáticas. A governante sublinhou que esta é a primeira cimeira do mandato de Daniel Chapo, reforçando o reposicionamento internacional de Moçambique no eixo lusófono.
Os trabalhos iniciaram no Domingo com um jantar de trabalho entre Daniel Chapo e o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, seguido de um encontro alargado com representantes do sector privado. Para esta Segunda-feira, 08, estão previstas sessões preparatórias e reuniões com empresários moçambicanos e portugueses, num esforço para dinamizar o investimento bilateral e identificar novas áreas de cooperação económica.
O ponto alto da programação ocorre no dia 09, data oficial da Cimeira, que inclui conversações formais, visitas institucionais e reuniões técnicas. De acordo com uma nota publicada no website da Presidência de Moçambique, a que a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA teve acesso, a agenda contempla ainda a entrega da chave da cidade do Porto ao Presidente Chapo e uma visita à Assembleia da República portuguesa.
A ministra Maria dos Santos Lucas adiantou que, paralelamente às actividades do Chefe do Estado, as delegações ministeriais realizarão encontros bilaterais com as suas contrapartes portuguesas, com o objectivo de preparar novos entendimentos e actualizar o quadro de cooperação. Em destaque estará a avaliação do Programa Estratégico de Cooperação 2022-2026 e a definição das bases para o ciclo seguinte, previsto para arrancar em 2027.
“O que nós queremos é fazer uma avaliação das decisões que já foram tomadas na última binacional e, depois, identificar novas áreas de cooperação”, afirmou a ministra, sublinhando que a relação entre os dois países é “histórica, especial e estratégica”, tanto no plano político como no económico e cultural.
