Moçambique integra grupo internacional de informação financeira Egmont

Moçambique foi admitindo ao grupo global de Unidades de Informação Financeira (UIF) Egmont, no âmbito do processo de reforço da prevenção e combate ao branqueamento de capitais e crimes conexos, anunciou nesta Quarta-feira o Ministério das Finanças moçambicano. Em comunicado, o ministério diz que “no âmbito dos esforços do Governo para tornar o sistema de…
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Esta admissão surge numa altura em que Moçambique espera, em Setembro, uma decisão sobre a saída da “lista cinzenta” internacional de branqueamento de capitais do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI).
Economia

Moçambique foi admitindo ao grupo global de Unidades de Informação Financeira (UIF) Egmont, no âmbito do processo de reforço da prevenção e combate ao branqueamento de capitais e crimes conexos, anunciou nesta Quarta-feira o Ministério das Finanças moçambicano.

Em comunicado, o ministério diz que “no âmbito dos esforços do Governo para tornar o sistema de prevenção e combate ao branqueamento de capitais, financiamento do terrorismo e crimes conexos mais robusto e eficaz”, o Gabinete de Informação Financeira de Moçambique (GIFiM), que é a UIF moçambicana, “foi admitido formalmente” ao Egmont, o Grupo das Unidades de Informação Financeira à escala global”, em 10 de Julho.

Esta admissão surge numa altura em que Moçambique espera, em Setembro, uma decisão sobre a saída da “lista cinzenta” internacional de branqueamento de capitais do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI).

O Egmont é um fórum atualmente constituído por 170 países, criado em Junho de 1995, em Bruxelas, “para promover a cooperação, troca de informações e coordenar a capacitação” entre as UIF membros do grupo, para melhorar a intervenção dos países na prevenção e combate ao branqueamento de capitais, financiamento do terrorismo e outros crimes conexos, explica o Ministério das Finanças.

Acrescenta que o processo de adesão de Moçambique ao grupo “contou com o apadrinhamento” das UIF congéneres da África do Sul, Brasil e Maláui.

Moçambique integra desde 2022 a “lista cinzenta” internacional de branqueamento de capitais do GAFI, mas o Governo garante que já cumpriu todas as recomendações para a sua retirada.

“No quadro dos esforços para a remoção de Moçambique da lista cinzenta, Moçambique já cumpriu com as 26 ações do plano do GAFI, o que levou esta instituição a reconhecer a capacidade das nossas instituições em prevenir e combater crimes de branqueamento de capitais e de financiamento de terrorismo”, disse a ministra das Finanças, Carla Loveira, em 16 de Junho último.

Acrescentou que o Conselho de Ministros do GAFI aprovou a realização da visita ‘on-site’ para os dias 08 a 09 de Setembro, etapa essencial para o processo de remoção da lista cinzenta de Moçambique.

“O Conselho de Ministros do GAFI aprovou igualmente a realização em Moçambique da reunião ‘face to face’ de 08 a 11 de Setembro, onde o Grupo de Revisão da Cooperação Internacional (ICRG) vai avaliar os países que se encontram na “lista cinzenta” no mundo. A marcação da reunião do ICRG em Moçambique representa o reconhecimento de que o país está a implementar um sistema sustentável de prevenção e combate ao branqueamento de capitais e um financiamento ao terrorismo”, afirmou ainda a ministra das Finanças, citada pela Lusa.

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