O mandato de Moçambique à frente da Assembleia Parlamentar da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (AP-CPLP) será guiado por uma “agenda de aproximação entre os parlamentos”, centrada na mobilidade, na inclusão social, na juventude e na transição energética, anunciou a presidente da Assembleia da República, Margarida Talapa, em Maputo.
“Assumimos com sentido de responsabilidade esta nobre missão e vamos promover uma agenda de aproximação entre os parlamentos, com foco na mobilidade, inclusão social, juventude e transição energética”, afirmou a dirigente, ao abrir a 2.ª sessão ordinária da actual legislatura, sublinhando a importância de construir consensos sobre desafios comuns que afectam o espaço lusófono.
Desde Julho, Moçambique preside à AP-CPLP, sucedendo à Guiné Equatorial, num mandato de dois anos que Talapa descreve como um “marco histórico” e uma oportunidade para reforçar o papel da lusofonia nas decisões globais. “É um privilégio e uma responsabilidade conduzir este processo num momento em que os parlamentos precisam trabalhar lado a lado para garantir paz, desenvolvimento e inclusão”, acrescentou.
A presidente do Parlamento moçambicano comprometeu-se ainda a dinamizar a cooperação interparlamentar dentro da CPLP, promovendo uma diplomacia activa que aproxime políticas públicas, estimule o intercâmbio legislativo e amplifique as vozes das juventudes e das mulheres na arena política.
Com esta presidência, Moçambique reforça a sua posição como ponte entre os países africanos de língua portuguesa e as restantes nações lusófonas, apostando numa diplomacia parlamentar orientada para o diálogo, a sustentabilidade e a coesão social.
*Com Lusa




