Moçambique registou a entrada de 568.492 turistas internacionais no primeiro semestre de 2025 e estima receber mais 318 mil visitantes estrangeiros durante as festas de Natal e fim de ano, num sinal de consolidação da retoma do sector turístico e de crescente pressão sobre as infra-estruturas de acolhimento na época alta.
Os dados foram avançados pelo director nacional do Turismo, Claire Zimba, durante uma conferência de imprensa em Maputo dedicada à quadra festiva. Segundo o responsável, o país dispõe actualmente de 72.531 camas e 49.842 quartos, maioritariamente assegurados pelo sector privado, com uma taxa média de ocupação de 79% até 4 de Dezembro, data que marcou o lançamento oficial da época alta do turismo.
Para além do fluxo internacional, as autoridades reforçam a aposta no turismo doméstico como pilar estratégico para a sustentabilidade do sector. “Privilegiamos a promoção do turismo interno, porque entendemos que os cidadãos nacionais podem e devem usufruir dos recursos e das potencialidades que o país oferece”, sublinhou Claire Zimba, apontando esta abordagem como um factor de equilíbrio face à sazonalidade externa.
O responsável destacou ainda que 2026 será um ano “crítico” para o turismo moçambicano, com a implementação de um conjunto de medidas estruturantes destinadas a gerar impactos “transformacionais” não apenas no sector, mas em todo o ecossistema económico associado, incluindo hotelaria, transportes, serviços e investimento privado.
No plano operacional, o Serviço Nacional de Migração (Senami) reporta um aumento significativo do movimento nas principais fronteiras do país. Entre os dias 12 e 21 de Dezembro, entraram em Moçambique 51.462 viajantes, enquanto 40.225 pessoas saíram do território nacional. No mesmo período, registou-se a entrada de 12.461 viaturas e a saída de 5.902, apenas pela fronteira de Ressano Garcia, principal corredor entre Moçambique e a África do Sul.
De acordo com Taquidir Jagá, coordenador do comando conjunto da operação Fim de Ano 2025/2026, foram reforçados os níveis de monitorização migratória, aduaneira, policial e rodoviária, com o objectivo de garantir celeridade no atendimento e reduzir o tempo de permanência de cidadãos nacionais e estrangeiros em contextos turísticos, laborais e comerciais durante o período festivo.
As projecções oficiais apontam para 935.978 entradas de viajantes em todas as fronteiras do país até ao final da quadra festiva, o que representa um crescimento de 35% face ao período homólogo anterior.
“Perspectiva-se um movimento migratório significativamente superior ao da operação 2024/2025”, afirmou Cármen Mazenga, porta-voz do comando conjunto, sinalizando a crescente atracção de Moçambique como destino regional nesta época do ano.
Com Lusa





