O Governo moçambicano avançou recentemente que pretende investir cerca de 193,3 milhões de euros até 2030 na duplicação de linhas ferroviárias, aquisição de carruagens, locomotivas e vagões para reforçar a capacidade de transporte de passageiros e de mercadorias.
“No sistema ferroviário sul e centro, sob gestão directa da empresa Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), planificamos investir cerca de 14 mil milhões de meticais [193,3 milhões de euros] no período 2025-2030 na implementação de projetos estratégicos”, disse o ministro dos Transportes e Logística, João Matlombe, ao inaugurar três novas locomotivas, em Maputo.
O governante adiantou que o executivo quer investir o dinheiro na conclusão da duplicação dos restantes 25 quilómetros da linha férrea Ressano Garcia em Maputo, que liga Moçambique e África do Sul, e também na aquisição de mais de 30 carruagens cujo objectivo é reforçar a capacidade de transporte de passageiros.
Com o mesmo dinheiro, o Governo de Moçambique pretende adquirir até 2030 pelo menos 250 vagões para responder à crescente demanda de transporte de minerais e a compra de pelo menos 15 locomotivas de linha.
O ministro dos Transportes e Logística disse que as três novas locomotivas inauguradas hoje custaram 422,4 milhões de meticais (5,8 milhões de euros) cujo objectivo é reforçar a capacidade de transporte ferroviário de passageiros na região de Grande Maputo, reconhecendo o seu impacto no desenvolvimento das comunidades.
“As três locomotivas que inauguramos fazem parte de um lote de 15 a serem adquiridas para o reforço da capacidade de tração para responder à crescente demanda dos serviços de transporte no sistema ferroviário sul e centro do país”, disse João Matlombe.
Os resultados operacionais da estatal Porto e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), segundo a Lusa, subiram 55% em 2024, para quase 2,52 mil milhões de meticais (34,7 milhões de euros), e foram transportados mais de sete milhões de passageiros, anunciou a direcção.