MOE-CPLP elogia comportamento ordeiro e participação cívica nas eleições da Guiné-Bissau

A Missão de Observação Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (MOE-CPLP) congratulou-se com o comportamento ordeiro e pacífico demonstrado pela população da Guiné-Bissau durante as eleições presidenciais e legislativas antecipadas de 2025, sublinhando o compromisso do país com a democracia representativa e com a afirmação internacional da CPLP. A avaliação consta da Declaração…
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A Missão de Observação Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (MOE-CPLP) congratula-se com a forma pacífica como a população exerceu o direito de voto, reforçando o compromisso da Guiné-Bissau com a democracia representativa.
Líderes

A Missão de Observação Eleitoral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (MOE-CPLP) congratulou-se com o comportamento ordeiro e pacífico demonstrado pela população da Guiné-Bissau durante as eleições presidenciais e legislativas antecipadas de 2025, sublinhando o compromisso do país com a democracia representativa e com a afirmação internacional da CPLP.

A avaliação consta da Declaração Preliminar apresentada na última Terça-feira, 25 de Novembro, em Bissau, consultada pela FORBES ÁFRICA LUSÓFONA, e reflecte o trabalho desenvolvido no terreno desde 18 de Novembro.

Entre os principais destaques, a MOE-CPLP assinalou o funcionamento adequado das assembleias de voto visitadas, com procedimentos de abertura, votação e apuramento executados de forma correcta, bem como uma afluência significativa de eleitores nas primeiras horas do dia. A missão diz, na declaração, ter observado “filas organizadas, prioridade garantida a cidadãos com necessidades especiais e uma presença expressiva de jovens e mulheres entre os membros das mesas de voto, aproximando-se dos 50%”.

O documento reconhece igualmente a conduta apropriada das forças de segurança, que se mantiveram sem interferência no acto eleitoral, e nota a presença de delegados de duas candidaturas em todas as mesas visitadas, além da afixação das atas-síntese em locais acessíveis ao público, factores considerados essenciais para reforçar a transparência do processo.

A apresentação da Declaração Preliminar esteve a cargo do chefe da MOE-CPLP, Tenente-General Reformado Luís Diogo de Carvalho, perante um painel que reuniu líderes africanos com vasta experiência em observação eleitoral, entre os quais Filipe Nyusi, ex-Presidente de Moçambique e chefe da Missão da União Africana; Goodluck Jonathan, ex-Presidente da Nigéria e chefe da Missão do Fórum de Anciãos da África Ocidental (WEAF); e Issufu Baba Kamara, chefe da Missão de Observadores da CEDEAO. O acto contou ainda com representantes do corpo diplomático acreditado no país e de várias missões internacionais.

Segundo a Declaração Preliminar, a MOE-CPLP integrou 23 observadores de todos os Estados-membros, entre diplomatas, técnicos e parlamentares das assembleias nacionais de Angola, Guiné-Equatorial, Moçambique e Portugal, além de funcionários do Secretariado Executivo da CPLP. As equipas de observação foram distribuídas por seis regiões, designadamente Bissau, Gabú, Bafatá, Biombo, Cacheu e Oio — e visitaram 221 mesas de voto em 22 círculos eleitorais.

O documento elogia ainda o empenho da Comissão Nacional de Eleições (CNE) na condução do processo e incentiva o contínuo aperfeiçoamento dos procedimentos eleitorais, apelando ao tratamento célere de eventuais reclamações.

A Missão permanecerá no país até à divulgação oficial dos resultados.

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