A moeda angolana, o kwanza, perdeu 3,6% de valor face ao dólar na semana passada, apesar da ligeira recuperação entre Quarta e Sexta-feira da referida semana, caindo já 38,8% face à moeda norte-americana desde o início do ano, segundo o Banco de Fomento Angola (BFA).
“Na passada semana, o kwanza depreciou-se 3,6% face ao dólar e 3,9% face ao euro, depois de ter registado quebras diárias consecutivas a partir de Maio, entre Quarta e Sexta-feira [da semana passada] a moeda angolana apreciou 0,51% face ao euro, saindo dos 903,8 kwanzas por euro para 899,2 kwanzas por euro”, lê-se na análise semanal do gabinete de estudos económicos do BFA sobre o andamento dos principais indicadores económicos angolanos.
Quanto ao dólar, o banco acrescenta que o movimento de quebras diárias continuou, porém a um ritmo “bastante mais lento” em relação aos anteriores, saindo de 822,4 kwanzas por dólar para 822,9 kwanzas por dólar.
“Desde o início do ano, a moeda angolana conta com uma depreciação de 38,8% face ao dólar e 40,2% face à moeda da União Europeia”, lê-se ainda na nota do BFA citada pela Lusa.
Recentemente, aquando do empossamento do novo governador do banco central angolano, o Presidente da República, João Lourenço, instou o órgão regulador do mercado bancário a implementar medidas para fortalecer o kwanza e ajudar a economia a diversificar-se, bem como para controlar a inflação.
A inflação em Angola aumentou para 10,62% em Maio, pondo fim a 15 meses de queda, depois de o Governo ter cortado os subsídios à gasolina.
O novo governador do Banco Nacional de Angola, Manuel António Tiago Dias, já reviu a previsão de inflação para este ano em alta, antecipando agora um aumento dos preços entre 9 e 11% no final de 2023.