O Sistema das Nações Unidas reiterou esta Quinta-feira, 21, a sua solidariedade e apoio a Cabo Verde, na sequência das intensas chuvas que, no passado dia 11 de Agosto, afetaram gravemente as ilhas de Santo Antão, São Vicente e São Nicolau.
Segundo uma nota do Governo a que a FORBESS ÁFRICA LUSÓFONA teve acesso, a garantia foi transmitida em Mindelo pela coordenadora residente da ONU no país, Patrícia Portela de Souza, durante um encontro com o ministro do Mar, Jorge Santos, onde esteve também presente Ann Lindstrand, representante da Organização Mundial da Saúde (OMS).
A ONU promete intensificar a cooperação para acelerar a resposta humanitária e apoiar a reconstrução, com foco nas comunidades e no sector das pescas. “As Nações Unidas, como têm feito nos últimos 50 anos, permanecem ao lado de Cabo Verde nos esforços de resposta e reconstrução”, sublinhou Portela de Souza.
Desde os primeiros momentos da crise, diferentes agências da ONU – incluindo OMS, UNICEF e Organização Internacional para as Migrações (OIM) – têm trabalhado em estreita articulação com as autoridades nacionais, assegurando apoio técnico e humanitário, bem como a avaliação dos impactos sobre as populações e infra-estruturas.
“Viemos trazer a nossa solidariedade ao povo de São Vicente, extensiva aos de Santo Antão e São Nicolau. É uma catástrofe lamentável”, declarou a representante da ONU, destacando a importância do diálogo directo com lideranças nacionais, locais e comunitárias.
Durante o encontro, mereceu destaque a situação do sector das pescas e das instituições ligadas à economia azul, especialmente os prejuízos sofridos pelo Instituto do Mar, uma das entidades mais afetadas. “A nossa ideia é reforçar este apoio dos parceiros à resposta que está a ser dada às três ilhas, tendo em conta o social, a prioridade às pessoas, mas também a dimensão económica e ambiental”, reforçou Portela de Souza.
A coordenadora da ONU destacou ainda os progressos já alcançados, como a reposição do abastecimento de água e energia e a estabilização da segurança alimentar, mas sublinhou que o esforço de reconstrução exige continuidade e cooperação internacional.