O navio flutuante “FPSO Agogo” – plataforma que serve para produzir, armazenar e transferir petróleo e gás natural – prevê o início de operações em Angola, no segundo semestre de 2025, no Bloco 15/06, que tem como parceiros a Sonangol Exploração e Produção e a Sinopec, indica uma nota de imprensa a que a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA teve acesso.
A embarcação, com chegada prevista para esta Sexta-feira, 16, em Angola, refere o documento, tem uma capacidade de produção de 120.000 barris de petróleo por dia e está equipada com tecnologias de redução de carbono, incluindo o primeiro sistema piloto de captura de carbono pós-combustão num FPSO.
“O FPSO Agogo constitui uma parte fundamental do Projecto Agogo Integrado Polo Oeste, que visa desenvolver as duas descobertas mais significativas do Bloco 15/06, os campos Agogo e Ndungu. O campo Agogo tem reservas estimadas em aproximadamente 450 milhões de barris e foi projectado para produzir 175.000 barris por dia no pico de produção”, lê-se na nota.
O PCA da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) de Angola, Jerónimo Paulino, citado no documento, declarou que a chegada do FPSO Agogo a Angola tem um valor significativo, na medida em que representa a efectivação do projecto cujos primeiros módulos foram instalados no ano passado.
“Foram várias etapas desafiadoras ao longo do projecto, mas também uma demonstração de parcerias certas e da determinação do nosso capital humano. A nível do conteúdo local, uma parte da estrutura foi fabricada nos estaleiros do nosso país”, sublinhou Jerónimo Paulino.
Por sua vez, o director-geral da Azule Energy, Adriano Mongini, defendeu que o sector energético de Angola prospera com parcerias. Para ele, a conclusão do FPSO Agogo, vários meses antes do previsto, realça as capacidades de execução de projectos da Azule Energy e a “excelente sinergia” entre todas as partes envolvidas.
“Construído e operado pela Yinson Production, o FPSO iniciou a sua viagem a partir do estaleiro Cosco Shipping Heavy Industry, na China, tendo observado recentemente uma breve paragem na Namíbia como parte da logística planeada para reabastecer mantimentos e facilitar a troca de tripulação”, explica a ANPG na nota de imprensa.