A Nova Cimangola – fábrica de cimento angolana, tida como líder do mercado nacional e maior exportadora do sector, prepara-se para produzir cimento verde e para a substituição térmica de combustíveis derivados de resíduos, apostas tecnológicas que se espera venham a contribuir não só para tornar mais competitivo o preço final junto do consumidor, como para aumentar a cadeia de valor da empresa.
“Um dos projectos em curso, e no qual a inovação vai ao encontro dos desígnios do Governo de Angola, chama-se LC3 e visa produzir cimento amigo do ambiente ou cimento verde, que incorpora uma maior quantidade de argila calcinada, obriga a um menor consumo de energia e de água, e contribui para a mais longa conservação das pedreiras nacionais”, indica uma nota de imprensa a que a FORBES ÁFRICA LUSÓFONA teve acesso, sem, no entanto, avançar datas.
O documento avança, por outro lado, que a cimenteira empregou, nos últimos dois anos, mais de 500 jovens, contando actualmente com 1 170 trabalhadores directos, 95% dos quais angolanos distribuídos em diversas funções, muitos deles em postos de decisão.
Dados disponíveis dão conta que nos últimos quatro anos o sector gerou 750 mil postos de trabalho, o que corresponde a 4,5% da população activa do país.
Com duas fábricas 100% operacionais, em Cacuaco e no Sequele, suportadas por armazéns e centros logístico distribuídos de Norte a Sul do país, a Nova Cimangola é a empresa cimenteira com mais tradição em Angola “e posiciona-se entre as que mais aposta na inovação e no desenvolvimento”.
As duas fábricas da Cimangola produzem cimento, calcário, cinzas volantes, argamassas e clinker, produtos comercializados a granel, em big bag ou em saco. A produção de ambas as fábricas é comercializada em Angola e em mercados externos, designadamente em países como o Gana, Camarões, Togo, gabão, Benin, Costa do Marfim e Brasil, contribuindo para a dinamização das trocas comerciais intra-africanas, acrescenta a nota.