O Presidente angolano, João Lourenço, afirmou nesta Quinta-feira, em Lisboa, Portugal, que o desafio de hoje é o da consolidação da democracia, da diversificação e fortalecimento das nossas economias, do aumento da oferta de bens e serviços, do aumento das exportações, bem como do aumento da oferta de postos de trabalho para a redução do desemprego.
Ao discursar na sessão solene das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, João Lourenço disse que a revolução de Abril resgatou os direitos cívicos e políticos que estiveram proibidos e anulados pela ditadura por quase meio século.
“Ela quebrou o isolamento internacional de Portugal perante a comunidade internacional e possibilitou a implementação de um Estado democrático de direito onde os direitos, liberdades e garantias dos cidadãos portugueses estão hoje constitucionalmente assegurados”, assegurou.
O chefe de Estado lembrou que “depois de termos alcançado as nossas independências nos anos 70, alguns dos nossos países, como Angola e Moçambique, tiveram de enfrentar ainda a invasão dos seus territórios pelas forças do regime do apartheid da África do Sul e seus protegidos internos”.
João Lourenço condenou ainda a agressão, ocupação e anexação de territórios ucranianos pela Rússia e de exigir o respeito pela soberania e integridade territorial da Ucrânia, pedindo que sejam envidados os esforços diplomáticos necessários para que seja alcançada a paz definitiva na Ucrânia e na Europa no geral.
“O direito humanitário internacional deve ser respeitado em situação de guerra”, apelou.
Considerou igualmente que o mundo não pode permitir que, com o argumento da necessidade da eliminação do Hamas, o povo palestino seja exterminado não só pela acção das bombas, como também pela negação imposta pela força ao mais elementar direito humanitário, o do acesso aos alimentos, à água e assistência médica e medicamentosa”, frisou.