Robert Parris Moses, um dos líderes influentes na luta pelos direitos civis dos negros americanos, morreu neste Domingo, 25 de Julho, aos 86 anos de idade.
Bob Moses, como também é conhecido, teve uma notória contribuição na luta dos homens negros ao direito de voto nos Estados Unidos da América, sobretudo no Estado de Mississipi. Começou a trabalhar como activista dos direitos civis em 1960, quando se tornou secretário de campo do Comitê Coordenador de Estudantes Não-Violentos (SNCC).
Em 1961, já nas vestes de director do Projecto Mississippi do SNCC, começou a sua luta para registar eleitores negros em dois condados, Pike e Amite, da nação americana. Na tentativa de fazer valer os direitos dos negros nesses locais, Moses sofreu violência, espancamento e intimidação por parte das autoridades.
Entre agressões, assassinatos e injustiças sofridas pelas minorias na década de 1960, o activista que nasceu a 23 de Janeiro de 1935, em Nova Iorque, em Harlem, engajou-se em formar uma equipa de voluntários negros e brancos para trabalhar consigo e enfrentar a segregação existente na época.
Outra grande contribuição na sua história foi a criação do Projecto Álgebra em 1982. O projecto dedicava-se à melhoria da educação das minorias em matemática, e começou com a sala de aula em uma escola pública em Cambridge, Massachusetts, que posteriormente obteve apoio dos pais das comunidades e se expandiu em mais de 200 escolas em todo país, até os finais de 1990.
Ben Moynihan, o diretor de operações do Projeto Álgebra, disse que esteve em conversa com Janet Moses, a esposa de Moses, e ela confirmou que seu marido havia morrido na manhã de Domingo em Hollywood, Flórida, mas não se sabe a exacta causa da morte.
Nas redes sociais, o ex-presidente Barack Obama, refere que “Bob Moses foi um herói meu. Sua confiança tranquila ajudou a moldar o movimento dos direitos civis e ele inspirou gerações de jovens que procuram fazer a diferença”.





