Oásis Atlântico entra no retalho em Cabo Verde com nova rede de lojas e expansão da central de compras

O grupo português Oásis Atlântico, um dos principais investidores hoteleiros em Cabo Verde, prepara-se para expandir a sua central de compras interna e avançar com a criação de uma rede de lojas de retalho no arquipélago. A iniciativa, anunciada em comunicado, marca um novo ciclo de diversificação para o grupo, que pretende transformar ganhos de…
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Depois de optimizar custos na hotelaria, o Oásis Atlântico quer transformar a sua central de compras num negócio de escala nacional, apoiado por especialistas do retalho português.
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O grupo português Oásis Atlântico, um dos principais investidores hoteleiros em Cabo Verde, prepara-se para expandir a sua central de compras interna e avançar com a criação de uma rede de lojas de retalho no arquipélago.

A iniciativa, anunciada em comunicado, marca um novo ciclo de diversificação para o grupo, que pretende transformar ganhos de eficiência operacional num modelo de negócio escalável no mercado cabo-verdiano.

“O nosso objectivo primário era servir os hotéis do grupo e baixar os custos operacionais”, explicou Ana Abade, administradora-executiva, acrescentando que a oportunidade de expansão surgiu da possibilidade de “transformar um conceito de eficiência interna num modelo de negócio que cria valor para todo o mercado” através da marca Distri.

Para reforçar a capacidade técnica da operação, o Oásis Atlântico está a recrutar profissionais com experiência em grandes grupos de retalho em Portugal, de forma a transferir conhecimento e padrões de gestão para Cabo Verde.

Segundo Filipe Frazão, coordenador-geral da Distrihotel, um dos desafios centrais do mercado cabo-verdiano reside na “escassez de produtos, de oferta e de qualidade”. O mercado, afirmou, mantém-se concentrado no básico devido às “curtas validades, limitações de armazenagem e desafios logísticos” característicos de um país insular altamente dependente das importações.

A capacidade de importação directa do grupo, sublinhou Frazão, será decisiva para diferenciar a operação e assegurar o fornecimento de produtos que nem sempre chegam ao arquipélago, actualmente servido por cadeias de super e minimercados com oferta limitada nos principais centros urbanos.

Entre os segmentos que o grupo pretende captar estão “uma classe média que já tem alguma expressão” e um contingente significativo de expatriados, com maior poder de compra e “sedentos por novidades”, num contexto em que a diversidade de produtos continua aquém das expectativas de consumidores mais exigentes.

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